Por que me confessar?

sábado, 28 de fevereiro de 2015



A confissão oferece uma nova possibilidade de se converter e recobrar a graça da justificação
O coração do homem apresenta-se pesado e endurecido; é preciso que Deus lhe dê um coração novo. A conversão é, antes de tudo, uma obra divina que reconduz nosso coração ao Senhor: “Converte-nos a ti, Senhor, e nos converteremos” (Lm 5,21). Deus nos dá a força de começar de novo.
É descobrindo a grandeza do amor de Deus que nosso coração experimenta o horror e o peso do pecado, e começa a ter medo de ofender o Senhor pelo mesmo pecado e de ser separado d’Ele. O coração humano converte-se olhando para aquele que foi transpassado por nossos erros (CIC 1432). O pecado é uma palavra, um ato ou um desejo contrário à lei eterna. “É uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana.” (cf. CIC 1849). Por este motivo, a conversão traz, ao mesmo tempo, o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, e é isso que o Sacramento da Penitência e da Reconciliação exprime e realiza liturgicamente.
A confissão dos pecados graves e veniais
Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores de sua Igreja; antes de tudo, para aqueles que, depois do batismo, cometeram pecado grave e, com isso, perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o sacramento da penitência oferece uma nova possibilidade de se converter e de recobrar a graça da justificação (CIC, 1446).
Comete-se um pecado grave quando, mesmo conhecendo a lei de Deus, se pratica uma ação voluntariamente contra as normas prescritas nos dez mandamentos (cf. CIC 1857-1861). O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave da lei de Deus; desvia o homem d’Ele, que é seu fim último e sua bem-aventurança, preferindo um bem inferior. […]
O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da reconciliação (CIC 1855, 1856).
Por que me confessar?
A declaração dos pecados ao sacerdote constitui uma parte essencial do sacramento da penitência: “Os penitentes devem, na confissão, enumerar todos os pecados mortais de que têm consciência depois de examinar-se seriamente, mesmo que esses pecados sejam muito secretos e tenham sido cometidos somente contra os dois últimos preceitos do decálogo, pois, às vezes, esses pecados ferem gravemente a alma e são mais prejudiciais do que os outros que foram cometidos à vista e conhecimento de todos” (CIC, 1456).
Todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar fielmente seus pecados graves. Aquele que tem consciência de ter cometido um pecado mortal não deve receber a Sagrada Comunhão, mesmo que esteja profundamente contrito, sem receber previamente a absolvição sacramental, a menos que tenha um motivo grave para comungar e lhe seja impossível chegar a um confessor (cf. CDC, 916; cf. CIC, 1457).
“Procurai o Senhor enquanto é possível encontrá-lo, chamai por Ele, agora que está perto. Que o malvado abandone o mau caminho, que o perverso mude seus planos, cada um se volte para o Senhor, que vai ter compaixão, retorne para o nosso Deus, imenso no perdoar. Pois os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são os meus – oráculo do Senhor” (Is 55,6-8).
“Lâmpada para meus passos é tua palavra e luz no meu caminho” (Sl 118,105).
O pecado venial (pecado ou falta leve), mesmo não rompendo a comunhão com Deus, “enfraquece a caridade, traduz uma afeição desordenada pelos bens criados, impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral e merece penas temporais. O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento dispõe-nos pouco a pouco a cometer o pecado mortal” ( CIC, 1863).
Por isso, a Igreja vivamente recomenda a confissão frequente destes pecados cotidianos (CDC 988). A confissão regular dos pecados veniais ajuda-nos a formar nossa consciência, a lutar contra nossas más inclinações, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo mais frequentemente, por meio deste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como Ele (cf. LG 40,42; CIC, 1458).
“Mesmo se a Igreja não nos obriga à confissão frequente, a negligência em recorrer a ela é pelo menos uma imperfeição e pode tornar-se até um pecado, pois a confissão frequente é o único meio para o cristão evitar o pecado grave” (Sto. Afonso de Liguori, Teol. Mor., VI, 437).
A recusa de confessar-se frequentemente é considerada uma culpa grave. Permanecer nesta condição voluntariamente é uma culpa grave contra a prudência e contra a caridade devida a Deus e a si mesmo.
Trecho retirado do livro: Confessar-se como e por quê?

Fonte: Canção Nova

Passos para construir uma vida de oração

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

 
“Peça ao Espírito Santo a graça de aprender a orar. Ele, que é o mestre da oração. Deixe-O orar em você.
‘Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em consequência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo – é por graça que fostes salvos! -, juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus.’ (Efesios 2; 5-6)
Lázaro estava morto e sepultado, fazia 4 dias que estava sepultado, mas quando Jesus diz “Lázaro, vem para fora”, ele é revivificado. Lázaro teve dificuldade de ir para fora porque estava todo enfaixado; mas, mesmo com dificuldade, ele vem se arrastando. Mas para sair do sepulcro ele precisou dar os primeiros passos. Nós também estávamos como Lázaro, mortos por causa do pecado, mas agora o Senhor nos ressuscita e nos convida para darmos passos para a vida nova” (Monsenhor Jonas Abib).
O fundador da Comunidade Canção Nova, nesta pregação “Violentos na oração”, leva-nos a refletir que é preciso dar passos para construir uma vida de oração e assim clamar a Deus pelas nossas necessidades e pela salvação dos nossos.
MonsenhorJonasAbib

A oração tem o poder de movimentar o céu

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A oração precisa ser, antes de tudo, a oração da confiança, de entrega e abandono em Deus.

“Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta!” (Mateus 7,7).

Amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, hoje, o Senhor nos ensina, neste tempo de graça que nós vivemos, a fazermos oração com a vida e a transformarmos a vida em oração.
Para isso, a primeira coisa a ser observada é que ter vida de oração é ter vida de confiança e de entrega no coração e nos braços de Deus. É ter a certeza de que, tudo aquilo que pedimos a Deus, Ele nos escuta. E se não nos dá algo do jeito que queremos ou achamos que precisamos, podemos ter certeza de que o Senhor cuida do melhor de nós e para nós.
Deus não se esquece de nós e quando nos colocamos nas mãos d’Ele, Ele vê mais adiante, olha além dos horizontes e enxerga aquilo que nós não conseguimos enxergar. Por isso, a oração precisa ser, antes de tudo, a oração da confiança, a oração de entrega e de abandono no Senhor. A oração de ter a certeza de que temos um Pai que cuida de nós.
A oração da desconfiança não chega a Deus, a oração do coração que não confia e pensa: “Eu vou pedir isso a Deus, mas não sei se vou conseguir”. Ou: “Vou pedir isso a Deus, mas tem que ser assim”. O filho pede, mas o pai dá mais do que este pede. Da mesma forma, Deus Pai cuida primeiramente do objetivo final para que nenhum de nós se perca nem esteja longe d’Ele. Por isso, muitas vezes, as coisas materiais que pedimos ao Senhor vão nos afastar d’Ele e nos tornar pessoas mais distantes, porque toda espécie de materialismo tira a vida espiritual de nós, cria aflições e preocupações desnecessárias para a vida. Por isso, nem sempre, o material pedido e encomendado ao Senhor vai ser recebido.
Deus cuida das nossas necessidades. Algumas vezes, suplicamos a Deus: “Senhor, cura-me. O Senhor curou a tantos”. Deus ouve, cura, liberta, mas, sobretudo, Ele guarda o nosso coração para aquela vida em que não existe mais nem doença, nem enfermidade.
Então, muitas vezes, a pessoa que queríamos perto de nós e sobre a qual dissemos: “Eu pedi tanto a Deus, supliquei tanto a Ele, parece que Deus não me ouviu”. Na verdade, Deus nos ouviu além do que precisávamos, além do que necessitávamos.
Confiar em Deus é colocar n’Ele a nossa inteira confiança, certos de que  Ele saberá cuidar de nós, porque o Senhor diz que, tudo o que queremos que os outros façam a nós, somos nós quem devemos fazer a eles.
Não deve ser só o “venha a nós o vosso reino”; é preciso que eu o faça acontecer dando o melhor de mim ao outro. Se eu não gosto que façam determinada coisa comigo, eu não devo fazê-la com os outros. Da mesma forma, se eu quero muito que as pessoas me tratem bem, cuidem de mim e me ajudem, é assim que eu tenho que fazer com os outros.
Que a minha vida seja reflexo da minha oração e que a minha oração contenha toda a minha vida!

Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova

Cristo quer fazer de você uma nova criatura

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Cristo quer fazer de você uma nova criatura. Para isso é preciso pôr em prática as palavras d’Ele de conversão e mudança de vida.
“Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração” (Lucas 11,30).

Nesta passagem bíblica, vemos que Jesus está inconformado com os homens de Sua época e chama aquela geração de má e perserva porque eles buscam um sinal, querem uma garantia, uma certeza, de Deus, de como e quando Seu Reino vai se manifestar. Mas, na verdade, eles são incrédulos, indiferentes a isso e também maldosos, porque, tempos atrás, Deus já havia lhes dado o sinal de Jonas, o qual, naqueles dias, torna-se vida, realidade concretizada na pessoa de Jesus.
Primeiramente porque Jonas foi o profeta da penitência e da conversão, pois, quando Nínive quase toda caiu em pranto por causa dos seus pecados, ele pregou àquele povo pedindo-lhe um espírito de penitência e de conversão, e Deus veio em socorro desse povo porque este aceitou fazer penitência e se purificar dos seus pecados.
Aqui está Jesus entre nós anunciando o Reino de Deus, chamando-nos à conversão e a crer no Evangelho, a nos penitenciarmos e nos libertarmos dos pecados. Os ninivitas ouviram Jonas, mas esse povo não ouve Jesus nesse momento, por isso a vida deles não muda e anda para trás.
É preciso escutar Jesus, não basta achar bonito o que Ele prega e o que Ele ensina. É necessário deixar que Suas palavras caiam em nosso coração, fecundem-nos e façam uma transformação na nossa maneira de agir e de pensar. Por isso que, neste tempo quaresmal, somos chamados a fazer quarenta dias de penitência, seja pela oração, seja pela caridade ou pelo jejum. Somos chamados, sobretudo, a focar nossa vida naquilo em que precisamos urgentemente de conversão para que a graça de Deus venha em nosso auxílio.
O profeta Jonas passou três dias na barriga da baleia, esse é um sinal daquilo que vai acontecer com Jesus, que vai passar três dias ali no fundo do sepulcro ou, melhor dizendo, nas profundezas da morte. Assim como Jonas foi cuspido para fora do ventre da baleia, Jesus sairá da terra, do Seu sepulcro, vivo e ressuscitado, para nos dar uma vida nova.
No entanto, se não escutarmos primeiramente as palavras de conversão e mudança de vida de Jesus, assim como ocorreu com o povo eleito por Deus, também não saberemos reconhecer que Ele está presente no meio de nós na Sua ressurreição. Se a penitência é a morte, o “homem velho” que fica para trás, a ressurreição é a vida nova. Só experimenta a ressurreição quem passa pela paixão e pela purificação interior.

Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova

A oração nos leva ao coração de Deus

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A oração nos leva ao coração de Deus. E o Espírito Santo vem em nosso auxílio para que nossa oração seja cada vez mais eficaz.

“De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará” (Mateus 6, 14).

A oração é um elemento fundamental e essencial para o nosso encontro com Deus e para que tenhamos realmente força, motivação e luz para nos convertermos a cada dia.
E como deve ser a nossa oração nos ensina hoje Jesus: Primeiro, não é necessário usar muitas palavras. Sim, não pense que, para isso, serão necessárias palavras bonitas, não pense que serão necessárias a multiplicação, a intensidade e a força das palavras. Existem pessoas que para orar têm de gritar, falar muito alto. Não, isso não é necessário. Deve haver moderação, sobriedade e confiança na forma e na maneira de orarmos e de nos dirigirmos a Deus.
Quando eu quero pedir alguma coisa a alguém não preciso dizer a mesma coisa quinhentas vezes e achar que quanto mais eu falar tanto mais a pessoa vai me dar o que lhe pedi. Não preciso gritar com ela: “Escute, você vai me dar o que eu estou pedindo!?” Da mesma forma, não deve ser assim com Deus; deve haver a suavidade, a confiança mútua e a certeza de que estou conversando com Deus, que é meu Pai e que Ele há de me escutar.
Eu dirijo a Ele minhas palavras O honrando, O santificando, O louvando e Lhe agradecendo. É muito importante que as nossas orações sejam dirigidas ao nosso Pai, não devem ser dirigidas a Santo Expedito, não devem ser dirigidas a esse ou àquele santo. Eles são intercessores, mas o destino de nossa oração deve ser o coração do nosso Pai.
Quando Jesus está conosco orando ao Pai, o Espírito Santo vem em nosso socorro para que nossa oração seja cada vez mais eficaz. Ele é nosso advogado junto ao Pai. Os santos são intercessores: intercedem por nós, pedem por nós junto a Deus, mas quem nos atende e nos acolhe no Seu coração não é nenhum santo, mas sim Aquele que é o Santo dos Santos, o Senhor de todo o universo, o nosso Pai.
Por isso que, na oração, nunca pode ser deixado de lado a santificação e a exaltação do nome do Senhor. Que Ele manifeste entre nós Seu Reino de poder e glória, que Ele nos ajude a fazer aqui na Terra a Sua vontade, como aqueles que são santos e que estão na presença d’Ele no céu já o fazem!
Que não nos falte o pão de cada dia e que saibamos repartir o pão que é nosso com os nossos e com os outros. E um elemento fundamental na oração é o perdão. É difícil perdoar, não é simples perdoar! Por isso todos os dias peçamos ao Pai que nos ensine a perdoar assim como Ele, todos os dias, nos perdoa. Se nós não perdoamos aos outros, como é que podemos querer obter o perdão de Deus?
Que o Senhor não nos deixe cair em tentação, nos dê força e nos livre de todo mal!

Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova

Acolher o próximo é acolher o próprio Cristo

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Acolher o próximo é acolher o próprio Cristo. Jesus deseja ser acolhido e ir ao seu encontro por intermédio do enfermo, do pobre e dos mais sofridos e necessitados.

“Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mateus 25, 40).

A Quaresma é um tempo propício para que nos convertamos com relação a certas atitudes, ações e reações que temos na vida. Assim como é um tempo para nos convertermos a Deus, é um tempo também para nos convertermos no que se refere ao nosso próximo. E aqui a Palavra de Deus nos chama a atenção para a nossa conversão em relação aos mais necessitados.
Nós não podemos passar nesta vida sem cuidar e sem receber Jesus que está na pessoa dos mais pobres, dos mais sofridos e necessitados. O mesmo Jesus em que eu creio e ao qual adoro – que está na Eucaristia e vem ao meu encontro quando me abro para Ele – é o Jesus que está na pessoa dos pobres, dos mais sofridos e dos mais necessitados.
Se eu lhe perguntasse o que você gostaria de fazer para Jesus, com certeza, você Lhe daria o melhor da sua comida e o melhor da sua casa e até a decoraria de outra forma para poder acolher o Senhor.
O mesmo Jesus a quem você quer abraçar e deixar abrasar dentro de si deseja ser acolhido e ir ao seu encontro na pessoa do próximo, na pessoa dos mais sofridos e necessitados. Por isso quando você vir alguém passar fome não é esta ou aquela pessoa a quem você alimenta, mas é o próprio Jesus que passa fome no meio de nós. Da mesma forma, quando você vai a um hospital, à casa de alguém doente ou enfermo, é o próprio Jesus a quem você vai visitar e dar o melhor de si. E quando você vir alguém despido, sem vestes, sem roupas, maltrapilho, é Jesus pobre, sofrido e escarnecido.
E por mais duro que seja, Jesus está na pessoa do próximo nas prisões, nos asilos, nos orfanatos, nas ruas, debaixo das pontes, nas palafitas, nas favelas. Jesus está nos hospitais, Ele está onde houver um sofrido, onde houver um necessitado, onde houver aquela pessoa que pode até parecer repugnante aos nossos olhos e aos nossos sentidos. Ali está Jesus.
Portanto, se eu quero cuidar de Jesus, eu preciso cuidar d’Ele onde Ele estiver. Talvez seja mais fácil cuidar da toalha do altar, fazer uma oferta para a Igreja. Maravilha! Essas são algumas maneiras de cuidar das coisas do Senhor. Mas nós precisamos tanto acolher Jesus no meio de nós que podemos comungá-Lo na comunhão com os pobres e no cuidado com os necessitados.
No dia do julgamento final nós não seremos julgados pelas vezes em que comungamos nem pelas vezes em que rezamos o terço e o rosário, ainda que estes sejam meios que nos santifiquem e que nos façam melhores. No entanto, se todos os rosários que rezei, se todas as comunhões que já fiz e se todas as leituras da Bíblia que eu realizei não me converteram, para que eu encontre Jesus naqueles que sofrem, eu preciso realmente deixar que o Evangelho chacoalhe o meu coração e a minha vida.
“Todas as vezes que fizestes isso a um dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes”, diz Jesus no Evangelho segundo São Mateus, no capítulo 25, versículo 40.

Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova

Deixemo-nos tocar pelo apelo de mudança que Deus nos faz

domingo, 22 de fevereiro de 2015



 O Evangelho é a Boa Nova anunciada por Cristo para nos converter.

“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Marcos 1, 15).

Hoje é o primeiro domingo da Quaresma, estamos neste tempo forte de conversão, de apelo de Deus para repensarmos nossas atitudes e aquilo que está dentro de nós. Por isso, Jesus foi ao deserto, o deserto é lugar do encontro consigo mesmo, do encontro com a realidade mais profunda.
No deserto vamos ver nosso interior abençoado e iluminado pela presença de Deus e os anjos estarão ao nosso serviço. Mas, no deserto, estaremos também entre os animais selvagens, as feras dentro de nós clamando por aqueles sentimentos negativos como a ira, a raiva, o ressentimento, o medo, a sensualidade, a gula.
É por intermédio dessas feras, dentro de nós, que muitas vezes o tentador vem ao nosso encontro para nos fazer propostas, oferecer caminhos diferentes daqueles que Deus nos apontou. Por isso, a ida para o deserto é uma oportunidade de conhecermos as nossas fraquezas e limites, de conhecermos aquilo que nós somos e precisa de mudança.
O deserto é também o lugar do encontro com Deus, é lá que podemos nos rever e sermos refeitos pela Palavra d’Ele. Depois de passar quarenta dias no deserto, de ser tentado pelo inimigo, Jesus foi para a Galileia anunciar o Reino de Deus, manifestar que o Reino do Senhor já estava presente e que era necessário se converter e crer no Evangelho.
Precisamos aprender, no deserto da vida, que a nossa conversão é diária e precisamos realmente converter nossa mente, aquilo que está dentro de nós para que nossos pensamentos e sentimentos sejam do Senhor. Por isso é necessário crer no Evangelho e fazer dele a força que move nossa vida, que modela nossas ações. O Evangelho é a Boa Nova anunciada por Cristo para nos converter.
Nestes quarenta dias da Quaresma, somos chamados a ter atitudes e a primeira delas é a oração. Oração do recolhimento e da vida interior na qual vamos para o silêncio do nosso quarto ou para uma casa de retiros, para um lugar onde possamos encontrar com nós mesmos sem medo da solidão e do deserto para que ali possamos nos purificar dos nossos pecados, combater as tentações e deixar que o Evangelho nos converta.

Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova

Antes de condenar alguém, ame-o e o acolha

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Antes de condenar alguém, ame-o e o acolha. Imitemos a Jesus, que não julga nem condena ninguém, Ele primeiro acolhe, ama e cuida de nós.

“Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes” (Lucas 5, 31).

Amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo, os fariseus reclamam e murmuram contra Jesus porque Ele come e bebe com os cobradores de impostos e com pessoas tidas como pecadoras.
Os fariseus afirmam que se Jesus fosse tão puro, tão santo, não se misturaria com esse tipo de pessoa. Mas deixe-me dizer uma coisa a você: é para os pecadores como eu, você e todos os pecadores deste mundo que Jesus veio. Ele veio para restaurar o mundo em que vivemos das consequências do pecado.
Para Jesus não há preconceito nem discriminação, Ele não faz acepção de pessoas. Ele não acha ninguém melhor do que ninguém. Ele se mistura com os pecadores e não com seus pecados. O Senhor combate os erros e os pecados, mas não combate os pecadores.
Contudo, Jesus trata de forma mais severa aqueles que só veem os pecados do outro, mas não são capazes de enxergar os próprios pecados. Jesus é o médico divino, Ele veio cuidar da raiz do pecado em nossa vida.
Desculpe-me, mas se você tem vergonha e receio de se aproximar de alguém porque ele é um grande pecador, Jesus não o tem e se você faz acepção de pessoas, Jesus não a faz. Se você se considera melhor do que os outros, pode ser que você seja o último e o outro fique em primeiro lugar no coração de Deus.
Quem se abre para a misericórdia de Deus se deixa ser banhado por esse bálsamo divino que lava, purifica, renova e refaz as estruturas. Quando somos tomados pela misericórdia de Deus, nós não julgamos os outros. Primeiramente, olhamos para nós mesmos e reconhecemos nossas próprias fraquezas e pecados e, depois, oferecemos aquilo que fazemos por aqueles que estão no pecado ou longe do caminho de Deus.
O coração de Jesus não julga nem condena ninguém, Ele primeiro acolhe, ama e cuida. A Igreja, como o coração de Jesus, é o lugar em que os pecadores e cada um de nós devemos estar, nós que precisamos desse bálsamo para restaurar o amor de Deus em nós.

Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova

O jejum nos ajuda a romper com os vícios

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Com a força de Deus, o jejum nos ajuda a romper com a escravidão dos vícios e pecados e a ter disciplina e autocontrole.


“Acaso o jejum que me agrada não é outro: quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim, romper com todo tipo de escravidão?” (Isaías 58, 6).

No Evangelho de hoje o tema do jejum vem à frente da discussão, porque os discípulos de João perguntam a Jesus por que eles e também os fariseus praticavam o jejum, enquanto os discípulos d’Ele não o praticavam. É como se Jesus lhes dissesse: “não adianta o jejum pelo jejum, é preciso o espírito e a disposição nova para vivê-lo”.
O jejum é a graça de nos desprendermos daquilo que pensamos, fazemos e somos para abraçar o Noivo que chegou. O Noivo é Jesus, Aquele que traz até nós a Sua noiva, que é a Igreja. A Igreja, em Jesus, nos leva ao coração do Pai. Então, com Jesus no meio de nós, nós acolhemos o jejum com alegria e não com espírito de tristeza, que, muitas vezes, essa prática espiritual nos leva a viver.
O jejum é mais do que necessário para moderar nossos impulsos, para termos mais controle sobre nossas ações e para sermos disciplinados. Mas há um tipo de jejum que agrada profundamente o coração de Deus, porque o jejum pelo jejum não nos salva, ele não produz frutos se não ele estiver ligado à libertação do nosso coração. Por isso, quer façamos um jejum mais rigoroso quer o façamos de modo mais simples, essa atitude deve provocar em nós conversão.
O jejum que agrada a Deus é aquele que nos ajuda a quebrar as cadeias injustas e a repararmos as injustiças que cometemos a quem prejudicamos. O jejum deve nos provocar a vontade de desligar as amarras do jugo. Quanto julgamento há entre nós! Muitas vezes, estamos amarrados a pessoas e as pessoas amarradas em nosso coração, porque as julgamos, as rotulamos e as tratamos com indiferença ou com preconceito.
Enfim, o jejum deve fazer romper em nós toda e qualquer escravidão, pois somos escravos dos alimentos e de outros vícios, como a bebida e o cigarro, da sexualidade errada, de comportamentos que não são adequados, da mentira, da fofoca. Enfim, há uma lista enorme de coisas que nos mantêm cativos e escravos, por isso precisamos da força de Deus para romper com o jugo da escravidão, romper com as práticas erradas da nossa vida e permitir que o nosso coração seja livre para amar e para querer bem o nosso próximo.

Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova

De que adianta conquistar o mundo e perder a vida?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

De que adianta conquistar o mundo inteiro e perder a vida e a eternidade? Para seguir a Jesus é preciso renunciar a si mesmo e carregar a sua cruz.

“Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?” (Lucas 9, 25).

A Palavra de Deus hoje nos convida a seguirmos Jesus. Para seguir o Senhor é preciso dois passos fundamentais: o primeiro é renunciarmos a nós mesmos, ter coragem e determinação para vencermos o maldito orgulho que temos em nosso coração, que nos enche de amor-próprio e, muitas vezes, só nos permite ver e querer o mundo à nossa maneira.
O orgulho nos cega a ponto de, muitas vezes, não enxergarmos o outro e de não entendermos que Deus é mais do que tudo, é mais do que nós e que dependemos d’Ele. O orgulho nos cega a ponto de não reconhecermos os nossos pecados e nos mantém cativos de modo a querermos ser o centro das atenções. O orgulho é um pecado maldito que nos mantém privados da graça de Deus.
Por isso quem quiser seguir a Jesus terá que renunciar a si mesmo. Muitas vezes, será preciso perder para poder ganhar, levar desvantagem em relação aos outros, mas vantagem em relação a Deus. Somente  ao renunciarmos a nós mesmos e vencermos esse orgulho, que há em nós, seremos vitoriosos e teremos uma vida mais calma e mais confiante. Assim, as disputas e as comparações, que há em nosso meio, vão cessar.
Quem renuncia a si mesmo dá o segundo passo no seguimento a Jesus: carrega a sua cruz de cada dia e assim segue o Senhor aonde quer que Ele vá. Carregar a cruz de cada dia é carregar o peso dos nossos compromissos e responsabilidades, a responsabilidade de ser aquilo que assumimos ser no mundo. Se sou pai (mãe) preciso assumir a minha paternidade (maternidade) com força e abnegação e com tudo aquilo que ela exige.
Muitas vezes, a nossa cruz se torna pesada devido a doenças que não compreendemos ou a situações complicadas em casa ou no trabalho. Eu abraço a minha cruz quando assumo o que sou e as responsabilidades que tenho sem me desesperar, sem querer jogar essa cruz de lado e sem deixar de assumir que a graça de Deus é maior do que tudo.
Abraçar a cruz significa não colocar a busca dos bens materiais como motor que direciona a minha vida. De que adianta conquistar o mundo inteiro e ficar milionário e perder a minha vida e a eternidade? Cada coisa vivida com equilíbrio e sobriedade nos coloca mais perto do coração de Deus e não nos permite viver iludidos neste mundo.

Deus abençoe você!

Fonte: Canção Nova

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015

brasão do Papa Francisco
MENSAGEM

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015
Terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Boletim da Santa Sé
“Fortalecei os vossos corações” (Tg 5, 8)

Amados irmãos e irmãs,
Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença.
Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar.
A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5, 6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n’Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida.
Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.
1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1 Cor 12, 26): A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa «tem a haver com Ele» (cf. Jo 13, 8), podendo assim servir o homem.
A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro. «Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria» (1 Cor 12, 26).
A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação.
2. «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9): As paróquias e as comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada (cf. Lc 16, 19-31)?
Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direcções.
Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura-se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio, graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham connosco, que ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que sofra e gema, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: «Muito espero não ficar inactiva no Céu; o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas» (Carta 254, de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.
Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens.
Esta missão é o paciente testemunho d’Aquele que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até aos confins da terra (cf. Act 1, 8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!
3. «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5, 8): Cada um dos fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?
Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração.
Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.
E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos.
Para superar a indiferença e as nossas pretensões de onipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro.
Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: «Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso» (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.
Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e cada comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Vaticano, Festa de São Francisco de Assis,
4 de Outubro de 2014.
FRANCISCUS PP.

Fonte: Canção Nova

Papa Francisco envia mensagem para Campanha da Fraternidade 2015


Por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade 2015, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta Quarta-feira de Cinzas, 18, o papa Francisco enviou mensagem, na qual destaca que o tempo quaresmal é propício para a vivência dos sentimentos de fraternidade e cooperação.
No texto, o papa Francisco fala da importância da contribuição da Igreja no respeito à laicidade do Estado, sem esquecer a autonomia das realidades terrenas, conforme motiva a Doutrina Social, em vista do bem do ser humano. "Cada um deve fazer a sua parte, começando pela minha casa, no meu trabalho, junto das pessoas com que me relaciono. E de modo concreto, é preciso ajudar aqueles que são mais pobres e necessitados", disse Francisco.
Ao final da mensagem, o papa cita, ainda, o lema da CF 2015, "Eu vim para servir", recordando as palavras de Jesus. "Queridos irmãos e irmãs, quando Jesus nos diz 'Eu vim para servir', no ensina aquilo que resume a identidade do cristão: amar servindo. Por isso, faço votos que o caminho quaresmal deste ano, à luz das propostas da Campanha da Fraternidade, predisponha os corações para a vida nova que Cristo nos oferece, e que a força transformadora que brota da sua Ressurreição alcance a todos em sua dimensão pessoal, familiar, social e cultural e fortaleça em cada coração sentimentos de fraternidade e de viva cooperação. A todos e a cada um, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, envio de todo coração a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim", disse.  


Fonte:CNBB

A Quaresma

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

 
1. Em 2015, a Quarta-Feira de Cinzas cai neste dia 18 de fevereiro, dando início à Quaresma.

2. O Tempo Quaresmal terminará na Quinta-Feira Santa, em 2 de abril, logo antes do início da Missa Vespertina da Ceia do Senhor.

3. A Quaresma dura seis semanas, que se dividem em três etapas:
  • Os dois primeiros domingos falam das tentações e da transfiguração de Jesus;
  • Os três domingos seguintes abordam aspectos do batismo: no ciclo litúrgico A, por exemplo, fala-se da samaritana (água), do cego (luz) e de Lázaro (vida);
  • E o sexto domingo, que é o Domingo de Ramos ou da Paixão, dá início à Semana Santa.
 
4. O Concílio Vaticano II acentuou o caráter batismal e penitencial da Quaresma. A liturgia desse tempo deve nos preparar para a celebração do Mistério Pascal, por meio da recordação do batismo e através das práticas do arrependimento dos nossos pecados e da conversão a uma vida nova em Cristo Ressuscitado.
 
5. A liturgia da Quaresma se caracteriza pela ausência do aleluia, pela austeridade na celebração, pela cor roxa dos paramentos do sacerdote, pela via Crucis, pela confissão sacramental em preparação para a Páscoa, entre outros elementos que destacam a importância da nossa conversão.
 
6. Embora a cor litúrgica do tempo da Quaresma seja o roxo, pode ser usada a cor rósea no Quarto Domingo da Quaresma, que, neste ano, vai cair em 15 de março. Esse é o domingo do “Laetare” (que se pronuncia “letáre” e significa “alegra-te”, em latim). É o domingo que marca a superação de metade da Quaresma e recorda que a Páscoa da Ressurreição já está mais próxima, renovando a nossa alegria cristã mesmo em meio a um período de penitência e conversão.
 
7. A mensagem do papa Francisco para a Quaresma de 2015 é um convite à nossa renovação como católicos. Ele nos explica que a Quaresma é um "tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis; a Quaresma é, sobretudo, um 'tempo favorável' de graça (cf. 2 Cor 6, 2)". Para favorecer essa renovação, o papa Francisco propõe três textos para a nossa meditação:
  • "Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros" (1 Cor 12, 26): sobre a Igreja.
  • "Onde está o teu irmão?" (Gn 4, 9): sobre as paróquias e as comunidades.
  • "Fortalecei os vossos corações" (Tg 5, 8): sobre cada um dos fiéis.
 
A Aleteia deseja a você uma intensa e profunda experiência de conversão e renovação nesta Quaresma! 
 
Fonte: Aleteia

Rasguemos o coração, é tempo de conversão

Rasguemos o coração, é tempo de conversão! É hora de buscarmos equilíbrio e de vivermos com sobriedade na casa de Deus.

“Rasgai o vosso coração, e não as vestes; e voltai para o Senhor, vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo” (Joel 2, 13).

Nós começamos hoje o tempo da graça, que é o tempo da Quaresma, um período muito especial para que a graça de Deus venha em nosso auxílio. É o tempo que o próprio Deus preparou para nossa conversão de modo a avançarmos para águas mais profundas na vivência da fé.
Algo muito importante o profeta Joel nos diz hoje ao afirmar que, diante de Deus, nós precisamos rasgar nosso coração, implorar do Senhor Seu perdão, Seu misericórdia e Sua bênção para que Ele tenha misericórdia de nós e de toda a humanidade a fim de nos voltarmos para Ele de todo o coração.
Durante as festas de carnaval, muitos rasgam suas vestes, há muita impureza, muita profanação. É hora de termos nosso coração restaurado, seja quem viveu as extravagâncias deste tempo seja quem seja não as viveu, o importante é fazermos penitência pelos nossos pecados e pelos pecados da humanidade.
Três práticas nos ajudarão a viver bem essa Quaresma. A primeira delas é colocar a oração como elemento primordial da nossa vida. Restaurar a nossa relação com Deus para que Ele seja o primeiro em tudo aquilo que fazemos. Orar em segredo, em nossos momentos de intimidade, ter um tempo especial na nossa vida dedicado ao Senhor Nosso Deus.
A segunda é a prática da caridade sincera para com os mais necessitados e sofridos, mas também a caridade com quem convive conosco. A caridade da reconciliação, do perdão, de distribuir o que temos com vive ao nosso lado ou com quem está distante de nós; a caridade que promove a paz.
A terceira prática desse tempo é o jejum, o cuidado com as más inclinações que estão dentro do nosso coração. É preciso ter autocontrole, é preciso ser capaz de reconhecer nos alimentos um dom de Deus, mas não posso permitir que estes me dominem e me escravizem.
É hora de repararmos a nossa casa, de repararmos dentro de nós os excessos que cometemos em nossa vida: o excesso no falar, no comer, no assistir à televisão e no usar as coisas deste mundo. É hora de buscarmos o equilíbrio e de buscarmos aquela força de Deus, que está em nós, para vivermos com sobriedade na casa de Deus.

Uma Quaresma santa e abençoada para todos nós!

Deus abençoe você!

Quaresma: tempo de conversão, mudança de vida!

Neste tempo, nossa Santa Mãe Igreja nos ensina a nos disciplinarmos um pouco, contrariando nossa própria vontade e nos privando de certas satisfações, porque isso faz bem para o nosso caráter.
Deixo aqui algumas sugestões para escolhermos nossa própria penitência.

1) Penitências gastronômicas
(sou daqueles que acham que devemos fazer pelo menos uma penitência deste tipo, pois o jejum nos coloca dentro de um padrão bíblico)
- Trocar a carne por peixe, ovos ou queijo (ou mesmo comer puro)
- Comer menos arroz, feijão, pão, macarrão, para sair da mesa com um pouco de apetite
- Eliminar todos doces, refrigerantes, chocolate e demais guloseimas
- Nas refeições, acrescentar algo que seja desagradável, como diminuir a quantidade de sal ou colocar um condimento que quebre um pouco o sabor
- Comer algum legume ou verdura que não se goste muito
- Diminuir ou mesmo tirar as refeições intermediárias (como o lanche da tarde).
- Tomar café sem açúcar, ou água numa temperatura menos agradável
- Reservar algum dia para o jejum total ou parcial


2) Penitências corporais
(apenas para ajudarem a não perdermos o sentido do sacrifício ao longo do dia, a não sermos relaxados, devendo ser pequenas e discretas).
- Dormir sem travesseiro
- Sentar-se apenas em cadeiras duras
- Rezar alguma oração mais prolongada de joelhos
- Não usar elevadores ou escadas rolantes
- Trabalhar sem se encostar na cadeira
- Cuidar da postura corporal
- Descer um ponto antes do ônibus e fazer uma parte do caminho à pé
- Deixar de usar o carro e pegar um transporte coletivo


3) Penitências Morais
(são as mais importantes)
- Não reclamar das contrariedades do dia, mas agradecer e louvar a Deus
- Sorrir sempre, mesmo quando haja um nervoso
- Moderar a frequência às redes sociais, celular e computador (reduzir a poucas vezes ao dia)
- Desligar as notificações do celular
- Fazer os serviços mais incômodos na casa e no trabalho, ajudando os outros
- Acordar mais cedo para fazer oração
- Não ouvir música no carro
- Não assistir TV, mas dedicar este tempo à leitura
- Não usar jogos eletrônicos, caso seja viciado
- Fazer algum trabalho voluntário
- Rezar mais pelos outros, do que por si mesmo
- Reservar dinheiro para dar esmolas, mas sobretudo atenção aos mendigos
- Não se defender quando alguém lhe acusa
- Falar bem das pessoas que se gostaria de criticar
- Ouvir as pessoas incômodas sem as interromper
- Dormir no horário, mesmo sem vontade.


Fonte: Facebook Padre Anderson Guerra de Andrade

A inveja destrói o que há de melhor em nós

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A inveja destrói o que há de melhor em nós e não permite que vejamos as pessoas como, de fato, elas são.

“Por que estás cheio de cólera e andas com o rosto abatido?” (Gênesis 4, 6)

A Palavra de Deus hoje nos aproxima do livro do Gênesis, que fala da origem da vida do mundo e também do afastamento dos homens de Deus por causa da triste realidade do pecado. Hoje acompanhamos a narrativa sobre os dois primeiros filhos de Adão e Eva, Caim e Abel.
Abel ofereceu seu sacrifício ao Senhor e Deus se agradou muito da sua oferta, o qual, com coração puro, procurou dar o melhor de si ao Senhor. Por outro lado, Caim também ofereceu um sacrifício ao Senhor, sem muito empenho, ele colheu os frutos da terra e os ofereceu em sacrifício. O Senhor, porém, se agradou apenas do sacrifício de Abel.
Caim poderia ter pensado em fazer outra oferta ao coração de Deus, poderia ter se empenhado mais como fez seu irmão. Mas, em vez de refletir e de orientar seu coração, ele não pensou assim e foi dominado pelo terrível sentimento da inveja.
A inveja destrói o que há de melhor em nós e, ao crescer em nosso coração e se apoderar de nossa humanidade, ela nos reveste de outros sentimentos falsos e perigosos. As consequências desses sentimentos são negativas para nossa saúde e para a paz interior; sobretudo, para nossa relação com o próximo e com Deus.
A inveja traz consigo muitos outros pecados. O primeiro deles vemos em Caim, que estava inflamado de ódio e de raiva. Muitas das nossas raivas, iras e ressentimentos provêm da inveja cultivada em nosso coração, quando este sentimento não foi tratato, rejeitado e destruído em nosso interior. Pelo contrário, isso acontece sempre que deixamos a inveja nos destruir e nos consumir, por isso a ira e a raiva crescem dentro de nós. E quando não conseguimos sair desses sentimentos [ ira e raiva], a segunda consequência da inveja será a morte.
Falo da morte em suas várias amplitudes, desde a mais extrema, na qual vemos tantas pessoas cometerem o homicídio contra seu próximo, matando irmãos e filhos de Deus, até a morte que acontece primeiro dentro de nós. Se a pessoa era nossa amiga, aquela amizade morre dentro de nós e a visão positiva que tínhamos dela também morre. Começamos a vê-la com outros olhos e passamos a ver tudo de mau que há nessa pessoa e, por vezes, fazemos de tudo para eliminar de nossa vida aquele de quem temos inveja.
A inveja nos cega e não permite que vejamos as pessoas como, de fato, elas são. É claro que nem todos praticam somente atos bons, todos têm falhas e fraquezas e “pisam na bola” conosco vez por outra, mas quando somos dominados pela inveja até o bem que alguém faz o vemos como algo mau.
Por isso Deus nos ensina, por intermédio do exemplo de Caim, que, se quisermos fazer o bem, vencer o mal e dominar o pecado, não poderemos alimentar a inveja e deixar que ela cresça e traga o pior de si dentro de nosso interior e que não sejamos movidos por esse sentimento terrível.
Em nome de Jesus, que possamos, a cada dia, renunciar a toda e qualquer espécie de inveja da nossa vida!

Deus abençoe você!

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