CNBB NE2 disponibiliza subsídios “Mês de Maio com Maria”

terça-feira, 27 de abril de 2021



 O Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB NE2) está lançando a segunda edição do livro “Mês de maio com Maria”. O subsídio é gratuito e tem como tema “Maria, virgem que sabe ouvir” (Marialis Cultus, 17), e lema “Bem-aventurados aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11,28).

Dividido em dois fascículos, o livro oferece um itinerário para animar a devoção à Virgem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, a partir de encontros comunitários com momentos de oração, louvor, escuta e meditação do Evangelho. Além disso, este ano, a Comissão Regional Pastoral para a Liturgia também preparou um livreto exclusivo com cânticos marianos.

“O intuito primário deste livreto é servir como instrumento de promoção da comunhão pastoral entre as nossas igrejas particulares. Celebrando juntos o Mês Mariano, a partir de um referencial comum, queremos renovar e fortalecer entre nós o desejo e o compromisso de caminhar juntos, de testemunhar a sinodalidade como forma e estilo da Igreja”, afirma o bispo de Cajazeiras (PB) e referencial para a Liturgia da CNBB NE2, dom Francisco de Sales.

Ao mesmo tempo em que o documento propõe o fortalecimento da unidade, marca distintiva do Regional Nordeste 2, ele também reconhece a diversidade e as particularidades presentes nas 17 dioceses e quatro arquidioceses que compõem o território. Por isso, com refrão meditativo e orações pensados como ressonância do tema geral, o livro apresenta um roteiro celebrativo adaptável às circunstâncias e costumes de cada contexto eclesial.

Dom Sales destaca ainda que o livro Mês de maio com Maria faz “eco às deliberações da última Assembleia Regional, na qual, em sintonia com as Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil” clero, religiosos e leigos elegeram o “Pilar da Palavra” como norte das ações pastorais em 2021.

“Queremos, em nossa meditação, contemplar a figura da Mãe do Salvador como ícone da escuta da Palavra. Ela é sempre o modelo perfeito do discípulo missionário, chamado a acolher, viver e testemunhar a Palavra. Assim, almejamos uma frutífera celebração e vivência do mês de maio em nosso Regional”, reforça dom Sales.

Fonte: CNBB NE2

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Que ninguém seja excluído de trabalho

segunda-feira, 26 de abril de 2021

 


Nas vésperas da Festa de S. José Operário, recordamos a Carta Apostólica “Patris Corde” na qual o Papa Francisco afirma que “a perda de trabalho que afeta tantos irmãos e irmãs e tem aumentado nos últimos meses devido à pandemia de Covid-19, deve ser um apelo a revermos as nossas prioridades”.

Rui Saraiva – Portugal

Estamos a viver um ano dedicado a S. José. O Papa Francisco quis, assim, assinalar os 150 anos da declaração de S. José como padroeiro universal da Igreja proclamada a 8 de dezembro de 1870 pelo Papa Pio IX.

Até dezembro deste ano de 2021, a Igreja tem um tempo especial para celebrar S. José. Segundo o Papa, “depois de Maria, a Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício como José, seu esposo”.

Francisco publicou uma Carta Apostólica intitulada ‘Patris Corde’ que em português podemos traduzir com a expressão “Com coração de pai”. Um documento que sublinha várias dimensões da paternidade de S. José, tais como, a ternura, a obediência, o acolhimento, a coragem criativa e também a sua missão como trabalhador.

A poucos dias de celebrarmos em todo o mundo o Dia do Trabalhador, na Festa de S. José Operário que se assinala no 1º de maio, recordamos aqui o ponto 6 da Carta Apostólica do Papa Francisco. Escreve o Santo Padre neste ponto que se intitula “Pai trabalhador”:

“Um aspeto que carateriza São José – e tem sido evidenciado desde os dias da primeira encíclica social, a Rerum novarum de Leão XIII – é a sua relação com o trabalho. São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho.

Neste nosso tempo em que o trabalho parece ter voltado a constituir uma urgente questão social e o desemprego atinge por vezes níveis impressionantes, mesmo em países onde se experimentou durante várias décadas um certo bem-estar, é necessário tomar renovada consciência do significado do trabalho que dignifica e do qual o nosso Santo é patrono e exemplo.

O trabalho torna-se participação na própria obra da salvação, oportunidade para apressar a vinda do Reino, desenvolver as próprias potencialidades e qualidades, colocando-as ao serviço da sociedade e da comunhão; o trabalho torna-se uma oportunidade de realização não só para o próprio trabalhador, mas sobretudo para aquele núcleo originário da sociedade que é a família. Uma família onde falte o trabalho está mais exposta a dificuldades, tensões, fraturas e até mesmo à desesperada e desesperadora tentação da dissolução. Como poderemos falar da dignidade humana sem nos empenharmos para que todos, e cada um, tenham a possibilidade dum digno sustento?

A pessoa que trabalha, seja qual for a sua tarefa, colabora com o próprio Deus, torna-se em certa medida criadora do mundo que a rodeia. A crise do nosso tempo, que é económica, social, cultural e espiritual, pode constituir para todos um apelo a redescobrir o valor, a importância e a necessidade do trabalho para dar origem a uma nova «normalidade», em que ninguém seja excluído. O trabalho de São José lembra-nos que o próprio Deus feito homem não desdenhou o trabalho. A perda de trabalho que afeta tantos irmãos e irmãs e tem aumentado nos últimos meses devido à pandemia de Covid-19, deve ser um apelo a revermos as nossas prioridades. Peçamos a São José Operário que encontremos vias onde nos possamos comprometer até se dizer: nenhum jovem, nenhuma pessoa, nenhuma família sem trabalho!”

O Papa na sua Carta Apostólica “Com coração de Pai” afirma ainda que em S. José “nunca se nota frustração, mas apenas confiança”. Francisco frisa que “o seu silêncio persistente não inclui lamentações, mas sempre gestos concretos de confiança”. Por isso, “o mundo precisa de pais, rejeita os dominadores, isto é, rejeita quem quer usar a posse do outro para preencher o seu próprio vazio; rejeita aqueles que confundem autoridade com autoritarismo, serviço com servilismo, confronto com opressão, caridade com assistencialismo, força com destruição. Toda a verdadeira vocação nasce do dom de si mesmo, que é a maturação do simples sacrifício” – declara o Santo Padre.

“A paternidade, que renuncia à tentação de decidir a vida dos filhos, sempre abre espaços para o inédito. Cada filho traz sempre consigo um mistério, algo de inédito que só pode ser revelado com a ajuda dum pai que respeite a sua liberdade. Um pai sente que completou a sua ação educativa e viveu plenamente a paternidade, apenas quando se tornou «inútil», quando vê que o filho se torna autónomo e caminha sozinho pelas sendas da vida, quando se coloca na situação de José, que sempre soube que aquele Menino não era seu: fora simplesmente confiado aos seus cuidados. No fundo, é isto mesmo que dá a entender Jesus quando afirma: «Na terra, a ninguém chameis “Pai”, porque um só é o vosso “Pai”, aquele que está no Céu» (Mt 23, 9)” – escreve o Papa.

No próximo 1º de maio celebra-se o Dia do Trabalhador na festa litúrgica de S. José Operário. Uma altura oportuna para refletir, em tempo de pandemia, sobre os problemas do trabalho e do emprego através das palavras do Papa Francisco na invocação de S. José na sua dimensão de trabalhador no texto da Carta Apostólica “Patris Corde”. Fica o desejo do Papa: “nenhum jovem, nenhuma pessoa, nenhuma família sem trabalho!”

Laudetur Iesus Christus

Fonte: Vatican News

Eu sou o Bom Pastor!

domingo, 25 de abril de 2021



 Neste Quarto Domingo da Páscoa, a Igreja, através da liturgia, nos convida a meditar sobre a figura do Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Há uma ternura e mansidão próprias da forma de cuidado do Bom Pastor. Para o Papa Francisco, há três disposições importantíssimas na missão do Pastor: ouvir o rebanho, guiar o rebanho e curar esse rebanho.

No trabalho evangelizador que nós pastores, bispos e sacerdotes, realizamos salta-nos a urgência dessas três disposições para com o povo que Deus nos confiou. Devemos nos empenhar em tudo para conduzir bem o povo de Deus para o céu! O “dá a vida pelas ovelhas”, pedido pelo O Pastor Supremo, Nosso Senhor, consiste na clareza dessa missão tão importante que nos cabe. Não somos os donos da Verdade, mas portadores da Verdade de Cristo, e não podemos nos esquivar da missão de ensinar nosso povo acerca da verdadeira fé e do verdadeiro humanismo. Trata-se de uma missão bastante exigente, que por vezes, somos incompreendidos, diante de um mundo tão complexo que nos cerca.

Na condução do Povo de Deus, os Pastores da Igreja devem buscar o necessário empenho na mansidão e na ternura: “um dos sinais do bom Pastor é a mansidão. O bom pastor é manso. Um pastor que não é manso não é um bom pastor. Ele tem algo escondido, porque a mansidão se mostra como é, sem se defender. Pelo contrário, o pastor é terno, tem essa ternura da proximidade, conhece todas as ovelhas pelo nome e cuida de cada uma como se fosse a única, a ponto que, ao chegar a casa depois de um dia de trabalho, cansado, percebe que lhe falta uma, sai para trabalhar outra vez para a procurar e [encontrá-la] leva-a consigo, carrega-a sobre os ombros (cf. Lc 15, 4-5). Este é o bom pastor, este é Jesus, que nos acompanha a todos no caminho da vida.” (Papa Francisco). Celebramos o Domingo do Bom Pastor na Páscoa porque essa ideia do pastor, da relação do pastor com suas ovelhas, é uma ideia própria do tempo Pascal. Não há verdadeiro pastoreio se a disposição para dar a vida não estiver diante dos olhos do pastor.

E como nós, bispos e sacerdotes, podemos dar a vida, concretamente? São João Paulo, de maneira sucinta e profunda, nos responde: “É de modo especial na Eucaristia que se torna sacramentalmente presente a obra do Bom Pastor, o qual, depois de ter anunciado a ‘boa nova’ do Reino, ofereceu em sacrifício a própria vida pelas ovelhas. A Eucaristia é, de fato, o sacramento da Morte e Ressurreição do Senhor, do Seu supremo ato redentor. É o sacramento em que o Bom Pastor torna constantemente presente o Seu amor oblativo por todos os homens.” Os sacerdotes, espalhados no mundo inteiro, dão a vida em favor das ovelhas quando celebram os sacramentos, quando se colocam ao lado do povo em suas dores e necessidades. Que o Bom Deus abençoe todos os sacerdotes da nossa Arquidiocese e que continuemos no auxílio da construção de um mundo novo, repleto de esperança!

Dom Frei Manoel Delson

A força de um povo que crê naquilo que pede

sábado, 24 de abril de 2021

 


A maratona mariana convocada pelo Papa Francisco para invocar o fim da pandemia traz à tona a força da oração em tempos de perigo e, em particular, da intercessão da Virgem, a quem os cristãos recorrem desde o alvorecer do Evangelho;


Alessandro De Carolis – Vatican News

Derrotar o monstro invisível que lentamente extingue seu fôlego em um quarto de hospital - ou quem sabe na rua, porque simplesmente não há um hospital para ir - e procura fazê-lo ficando de joelhos.

Poderia parecer uma solução adequada mais em tempos em que antigas superstições coletivas competiam pelo campo contra as palavras jovens do Evangelho, do que em uma era como a nossa em que um individualismo exacerbado e reivindicado em quase todos os lugares tende a rebaixar o sentido de uma ação de comunidade, especialmente se intangível como a espiritual.

A promessa


Na realidade, Mateus 18, versículo 19, bastaria para dissipar dúvidas e hesitações sobre a eficácia da oração compartilhada, que relata uma garantia de Jesus: “Se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, seja o que for, o conseguirão de meu Pai que está nos céus”. Uma promessa concreta, capaz de suscitar uma grande esperança se aqueles dois se tornam um grande povo unido por uma única intenção. É uma expectativa ainda mais forte se o pedido chega a Deus por intercessão da "Advogada nossa", a Mãe daquele que fez aquela promessa.

O ritmo da devoção


Os primeiros cristãos, talvez por serem filhos de um Evangelho ainda sine glossa, compreenderam isso imediatamente. As catacumbas estão cheias de inscrições que confiavam alguém ou alguma coisa a Maria. Antes ainda que o Concílio de Éfeso a reconhecesse como Mãe de Deus, certas orações, às vezes pouco mais do que sussurros grafitados na rocha, subiam aos lábios daqueles que se sentiam em perigo e consideravam Nossa Senhora a fortaleza contra qualquer mal.

Sub tuum praesidium, “Sob a tua proteção buscamos refúgio, Santa Mãe de Deus ...” é uma invocação que a Igreja recita há pelo menos 1.800 anos e a história cristã é também a história desta devoção a Maria, ilimitada e convicta. É a história de incontáveis ​​graças de “curas” e quem sabe quantos milagres particulares. E é a devoção que então encontrou no Rosário um ritmo universal, o espaço da esperança de uma ou mais almas juntas, o tempo de um conforto talvez granulado na solidão sob um tubo de oxigênio, com a energia de um penúltimo suspiro.

O ponto de luz


Esta história chega aos dias atuais por meio de gestos e palavras de santas e santos, de nome ou de fato, quando o nome é desconhecido. De Papas “marianos” que não hesitaram em confiar à Mãe de Deus a humanidade que estava à beira ou no abismo das guerras e catástrofes. Vem com as palavras de Francisco, o pároco do mundo quando o mundo e estava sem paróquias, com suas intenções cotidianas na Santa Marta, uma a cada dia a violar com a consolação de uma oração “dedicada” as solidões do lockdown. E antes ainda chega de seus gestos e da oração solitária daquele 27 de março, o Papa, um simbólico ponto de luz na escuridão, que, em pé diante de um antigo ícone, implora a salus não somente para o povo romano, mas para o mundo inteiro.

Uma oração uníssona

 

Nada mais é do que uma história de fé. Que agora é enriquecida pelo coro dos Santuários Marianos, imaginados como as contas de um terço recitado alternadamente. Recitado como os anciãos recordados pelo Papa na última quarta-feira na Audiência Geral, com o canto constante e nada constrangido de um filho que sabe que terá mais chances de obter do pai o que espera se sua mãe o pedir.


Fonte: Vatican News

Missa de 7º dia Online - Tarcisio Fagundes de Sousa

segunda-feira, 19 de abril de 2021

 

A V I S O


A missa de 7º dia pela Alma de Tarcisio Fagundes será na Comunidade Nossa Senhora do Carmo, nesta terça-feira(20/04), às 18:30h,  transmitida pelo Instagram da Comunidade no @comunidade_n_s_carmo. 

Nossas Orações e nossa Solidariedade à toda família enlutada. 

Papa à CNBB: promover a reconciliação do povo brasileiro

quinta-feira, 15 de abril de 2021

 

Papa recorda Santa Teresa de Ávila: a oração não é para coisas extraordinárias, mas para nos unir a Cristo

 Francisco enviou uma mensagem em vídeo aos participantes do Congresso “Mulher excepcional” por ocasião do cinquentenário do Doutorado de Santa Teresa de Ávila. O Papa recorda as palavras da santa: “A oração não é para experimentar coisas extraordinárias, mas para nos unir a Cristo”

Jane Nogara – Vatican News

"O que mede a perfeição das pessoas é seu grau de caridade, não a quantidade de dados e conhecimentos que elas podem acumular". Foi um dos pontos fortes da mensagem que o Papa Francisco enviou ao Congresso Internacional “Mulher excepcional” por ocasião do cinquentenário do Doutorado de Santa Teresa de Ávila.  Assim como recordou que a oração fez de Santa Teresa "uma mulher excepcional, uma mulher criativa e inovadora".

“Determinação determinada”

Francisco iniciou sua mensagem afirmando: “A expressão ‘mulher excepcional’, que dá o título ao vosso encontro, foi usada por São Paulo VI. Estamos falando de uma pessoa que se destacou em muitos aspectos”. “Entretanto – continuou o Papa - não se deve esquecer que sua reconhecida relevância nestas dimensões nada mais é que a consequência do que foi importante para ela: seu encontro com o Senhor, sua ‘determinação determinada’, como ela diz, de perseverar em união com Ele através da oração, sua firme intenção de realizar a missão que lhe foi confiada pelo Senhor, a quem ela se oferece com simplicidade. A ousadia, criatividade e excelência de Santa Teresa como reformadora são frutos da presença interior do Senhor.


Cristãos chamados a renovar a face da terra

“Dizemos que ‘não estamos vivendo em uma época de mudanças, mas em uma mudança de época’. E neste sentido, nossos dias têm muitas semelhanças com os do século XVI em que a santa viveu”. E Francisco compara: como naquela época, “agora nós cristãos somos chamados a assegurar que, através de nós, o poder do Espírito Santo continue a renovar a face da terra na certeza de que no final são os santos que permitem que o mundo avance em direção a seu objetivo final”.


A oração serve para nos unir a Cristo

“Os santos nos estimulam e nos motivam”, reitera o Papa na sua mensagem, “mas eles não estão lá porque tentamos literalmente copiá-los, a santidade não pode ser copiada (...) “O que importa é que cada crente discerne seu próprio caminho, cada um de nós tem seu próprio caminho de santidade, de encontro com o Senhor. “De fato” explicou, “a própria Santa Teresa adverte suas monjas que a oração não é para experimentar coisas extraordinárias, mas para nos unir a Cristo. E o sinal de que esta união é real são as obras de caridade. O Papa explica ainda que não se deve ficar preocupado pelo grau de devoção para consolar ou para rezar: “Não, minha irmã! O Senhor quer obras. Ele quer, por exemplo, que você não se importe de perder essa devoção de consolar uma pessoa doente a quem você vê que pode ser de alívio, fazendo com que ela sofra o seu próprio sofrimento, jejuando, se necessário, para lhe dar comida... É nisto que consiste a verdadeira união com a vontade de Deus"! Concluindo seu pensamento afirma: “O que mede a perfeição das pessoas é seu grau de caridade, não a quantidade de dados e conhecimentos que elas podem acumular".


Da oração à fraternidade

A oração fez de Santa Teresa "uma mulher excepcional, uma mulher criativa e inovadora". A partir da oração descobriu o ideal de fraternidade. Um ideal que ela queria realizar nos conventos que fundou; um ensinamento que hoje também é válido quando há "pequenas brigas" entre os conventos.

Como a Doutora da Igreja, vivemos em "tempos difíceis", tempos não fáceis, que precisam dos "amigos fiéis de Deus”, amigos fortes. A grande tentação é ceder à desilusão, à resignação, ao triste e infundado presságio de que tudo vai dar errado. O pessimismo estéril, o pessimismo de pessoas incapazes de dar vida. Um pessimismo que tranca as pessoas em seus refúgios. Por outro lado, a oração nos abre, nos permite provar que Deus é grande, que Ele está além do horizonte, que Deus é bom, que Ele nos ama e que a história não escapou de Suas mãos. Podemos caminhar por caminhos escuros (cf. Sl 23,4), não tenhais medo se o Senhor está convosco, Ele não cessa de caminhar ao nosso lado e de nos conduzir ao objetivo que todos desejamos: a vida eterna.

Fonte: Vatican News

Nota de Falecimento - Tarcisio Fagundes de Sousa

quarta-feira, 14 de abril de 2021


  Foi cumprida sua missão aqui nesta terra!


Um homem de bom coração, sempre de bem com a vida, na positividade, construtor de amizades, deixa pra nós um legado riquíssimo em valores de respeito, honestidade, paciência e tantos outros que não caberiam nesta pequena mensagem. 

Uma voz mansa, porém altiva, na proporção em que declamava os seus poemas que agora ecoam com ardência em nossos corações: 

" ... 

Não quero lágrimas  na despedida, 

Não quero fala, nem discurso, em vão,

Quando eu morrer será como um clarão

Que deixou a existência adormecida

..."

( soneto - QUANDO EU MORRER- Tarcisio Fagundes, livro Nas Ondas do Romantismo, p.56) 


Realmente, chefe amigo, você se foi e um clarão subiu aos céus como um cometa resplandecente...

Saudades...

Um abraço chefe amigo.


Abelardo, Fabyana e Maria Clara

O Papa: os santos nos lembram que a santidade pode florescer em nossas vidas

quarta-feira, 7 de abril de 2021

 


"O nome que nos é dado no Batismo não é uma etiqueta ou uma decoração! Geralmente é o nome da Virgem, uma santa ou um santo, que está esperando para "nos dar uma mão" na vida para obter de Deus as graças de que mais precisamos", disse Francisco na catequese da Audiência Geral.


Mariangela Jaguraba - Vatican News

"Rezar em comunhão com os santos" foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral, desta quarta-feira (07/04), realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico.

"Quando rezamos, nunca o fazemos sozinhos: mesmo que não pensemos nisso, estamos imersos num rio majestoso de invocações que nos precede e continua depois de nós. Nas orações que encontramos na Bíblia, e que muitas vezes ressoam na liturgia, há um vestígio de histórias antigas, de libertações prodigiosas, de deportações e de tristes exílios, de retornos comoventes, de louvores que fluem diante das maravilhas da criação. Estas vozes são transmitidas de geração em geração, num entrelaçamento contínuo entre a experiência pessoal e a do povo e da humanidade a que pertencemos", frisou o Pontífice.

As orações, as boas, se difundem, como todos os bons, se propagam continuamente, com ou sem mensagens nas "redes sociais": das enfermarias dos hospitais, dos momentos de encontro festivo, assim como daqueles em que se sofre em silêncio. A dor de cada pessoa é a dor de todos, e a felicidade de um é transferida para a alma de outros. A dor e a felicidade! Uma história que se torna história na própria vida, se revive a história com as próprias palavras, mas a experiência é a mesma.

O santo recorda Jesus Cristo

"As orações renascem sempre: cada vez que juntamos as mãos e abrimos o coração a Deus, nos encontramos na companhia de santos anônimos e santos reconhecidos que rezam conosco, e que intercedem por nós, como irmãos e irmãs mais velhos que passaram por nossa mesma aventura humana", disse ainda o Papa.

"Na Igreja não há luto que permaneça solitário, não há lágrimas que sejam derramadas no esquecimento, porque tudo respira e participa de uma graça comum. Não é por acaso que nas igrejas antigas as sepulturas eram no jardim ao redor do edifício sagrado, como se dissesse que em cada Eucaristia a multidão dos que nos precederam participa de alguma forma. Há os nossos pais e os nossos avós, os padrinhos e madrinhas, os catequistas e outros educadores. Aquela fé transmitida que nós recebemos e que com ela nos foi transmitida a maneira de rezar, a oração", frisou o Pontífice, acrescentando:

Os santos ainda estão aqui, não muito longe de nós; e suas representações nas igrejas evocam aquela "nuvem de testemunhas" que sempre nos circunda. São testemunhas que não adoramos - claro, não adoramos estes santos, mas que veneramos e que de mil maneiras diferentes nos remetem a Jesus Cristo, o único Senhor e Mediador entre Deus e o homem. Um santo que não nos remete a Jesus Cristo, não é um santo e nem mesmo cristão. O santo recorda Jesus Cristo, pois ele percorreu o caminho de viver como cristão. Os santos nos lembram que mesmo em nossas vidas, embora frágeis e marcadas pelo pecado, a santidade pode florescer. De fato, até no último momento.Segundo Francisco, "não é por acaso que lemos nos Evangelhos que o primeiro santo canonizado foi um ladrão e não canonizado por um Papa, mas por Jesus. A santidade é um percurso de vida, de encontro com Jesus, seja longo ou breve, seja em um instante. Mas é sempre um testemunho. Um santo é uma testemunha, um homem, uma mulher que encontrou Jesus e que seguiu Jesus. Em Cristo existe uma misteriosa solidariedade entre aqueles que passaram para a outra vida e nós, peregrinos nesta: nossos queridos defuntos, do céu, continuam cuidando de nós. Eles rezam por nós e nós rezamos com eles. Nós rezamos por eles e rezamos com eles".

A oração muda o coração

Para o Papa, "este vínculo de oração entre nós e os santos, já o experimentamos aqui, na vida terrena: rezamos uns pelos outros, pedimos e oferecemos orações. A primeira maneira de rezar por alguém é falar com Deus sobre ele ou ela. Se fizermos isso frequentemente, todos os dias, nosso coração não se fecha, permanece aberto aos nossos irmãos e irmãs. Rezar pelos outros é a primeira maneira de amá-los, e isso nos impulsiona à proximidade concreta".

Mesmo em momentos de conflito, uma maneira de dissolver o conflito, de amenizá-lo, é rezar pela pessoa com quem estou em conflito. E algo muda com a oração. A primeira coisa que muda é o meu coração; é a minha atitude. O Senhor o muda para tornar possível um encontro, um novo encontro e evitar que o conflito se torne uma guerra sem fim.

"A primeira maneira de enfrentar um momento de angústia é pedir aos nossos irmãos e aos santos, sobretudo, que rezem por nós. O nome que nos é dado no Batismo não é uma etiqueta ou uma decoração! Geralmente é o nome da Virgem, uma santa ou um santo, que está esperando para "nos dar uma mão" na vida para obter de Deus as graças de que mais precisamos", concluiu o Papa, recordando que nós "sabemos que aqui na terra existem pessoas santas, homens e mulheres santos que vivem na santidade. Eles não sabem, nós também não sabemos, mas existem os santos, os santos de todos os dias, os santos escondidos ou, como eu gosto de dizer, os "santos da porta ao lado", aqueles que convivem conosco na vida, que trabalham conosco e levam uma vida de santidade".

Fonte: Vatican News

Papa: Em meio a guerras e pandemia, o Ressuscitado é a esperança

domingo, 4 de abril de 2021

 


Na mensagem Urbi et Orbi, a atenção do Papa Francisco se volta ao mundo marcado por conflitos e restrições impostas pelo coronavírus: “À luz do Ressuscitado, os nossos sofrimentos são transfigurados. Onde havia morte, agora há vida; onde havia luto, agora há consolação. Ao abraçar a Cruz, Jesus deu sentido aos nossos sofrimentos. Feliz Páscoa para todos!”

Bianca Fraccalvieri – Vatican News

Queridos irmãos e irmãs, feliz Páscoa! Hoje ressoa, em todas as partes do mundo, o anúncio da Igreja: «Jesus, o crucificado, ressuscitou, como tinha dito. Aleluia».

O Papa Francisco presidiu na Basílica Vaticana à Santa Missa de Páscoa, com uma limitada presença de fiéis devido às normas anti-Covid. E foi precisamente esta situação que conduziu a mensagem Urbi et orbi pronunciada em frente ao altar da Cátedra.

Vacinas, instrumentos essencial na luta contra a Covid

“A pandemia está ainda em pleno desenvolvimento; a crise social e econômica é muito pesada, especialmente para os mais pobres; apesar disso – e é escandaloso –, não cessam os conflitos armados e reforçam-se os arsenais militares”, disse o Pontífice

Nesta complexa realidade, o anúncio de Páscoa encerra em poucas palavras um acontecimento que dá a esperança: «O crucificado ressuscitou». E as chagas de Jesus “são a chancela perene do seu amor por nós”. Não se trata de uma miragem.

Cristo ressuscitado é esperança para quem sofre devido à pandemia, para os doentes e para quem perdeu um ente querido, para os desempregados, para os médicos e enfermeiros.

Um instrumento essencial nesta luta, disse o Papa, são as vacinas. Por isso, exorta toda a comunidade internacional a um empenho comum para superar os atrasos na distribuição das doses e facilitar a sua partilha, especialmente com os países mais pobres.

Os países sedentos de paz

Infelizmente, constatou o Pontífice, a pandemia elevou de maneira dramática o número dos pobres. E o pensamento e encorajamento do Papa foram ao povo haitiano, “a fim de não se deixar vencer pelas dificuldades, mas olhar para o futuro com confiança e esperança”.

Jesus ressuscitado é esperança também para tantos jovens sem ir à escola ou à universidade. “Todos precisamos de viver relações humanas reais e não apenas virtuais.”

De modo especial, o Papa manifestou sua solidariedade aos jovens de Mianmar, “que se empenham pela democracia”.

A mensagem pascal é dirigida também aos migrantes que fogem da guerra e da miséria. E Francisco agradeceu aos países que acolhem, como Jordânia e Líbano, que enfrenta inclusive um “período de dificuldades e incertezas”. O Papa citou ainda a Síria, o Iêmen, a Líbia, a Ucrânia, o Sahel e a Nigéria, bem como a região de Tigré e Cabo Delgado, em Moçambique.

“A Ressurreição leva-nos, naturalmente, a Jerusalém. Para ela imploramos do Senhor paz e segurança”, a fim de que israelenses e palestinos convivam lado a lado.

Francisco não poderia deixar de citar o Iraque, país que visitou um mês atrás e “pelo qual rezo a fim de continuar o caminho de pacificação”.

Vencer a mentalidade da guerra

“No mundo, há ainda demasiadas guerras, demasiada violência! O Senhor, que é a nossa paz, nos ajude a vencer a mentalidade da guerra”, foi o clamor do Papa.

O Santo Padre recordou ainda que neste 4 de abril, celebra-se o Dia Mundial contra as Minas Antipessoais: “Como seria melhor um mundo sem estes instrumentos de morte!”.

Por fim, um pensamento aos muitos cristãos que sequer podem ir às missas por causa da pandemia. “Rezemos para que tais limitações, bem como toda a limitação à liberdade de culto e religião no mundo, sejam removidas e cada um possa livremente rezar e louvar a Deus.”

A mensagem final do Papa foi de esperança:

“À luz do Ressuscitado, os nossos sofrimentos são transfigurados. Onde havia morte, agora há vida; onde havia luto, agora há consolação. Ao abraçar a Cruz, Jesus deu sentido aos nossos sofrimentos. Feliz Páscoa para todos!”

Fonte: Vatican News

Domingo de Páscoa - Missa na Paróquia Santa Júlia

 

Vigília Pascal - Santa Júlia

sábado, 3 de abril de 2021

 

A oração do Papa na Via-Sacra com e pelas crianças do mundo

sexta-feira, 2 de abril de 2021

 

A Via-Sacra de 2021 foi dedicada às crianças, que foram as protagonistas nos textos e na presença na Praça São Pedro.

Vatican News

As crianças e suas cruzes estiveram no centro da Via-Sacra presidida pelo Papa Francisco na noite desta Sexta-feira Santa, realizada pelo segundo ano consecutivo na Praça São Pedro, devido à pandemia.

Os autores mirins dos textos foram os mesmos que carregaram a cruz no cenário semideserto no Vaticano.

As 14 estações foram colocadas ao redor do obelisco e ao longo do caminho que leva ao adro da Basílica. Tochas no chão traçaram o percurso, formando uma grande cruz luminosa. A cada etapa do calvário, um desenho e uma oração, como esta: "Jesus, ajudai-nos a não abandonar as nossas orações quando sentimos o nosso coração pesado frente à pedra do vosso sepulcro".

Escoteiros, crismandos, crianças que vivem em “casas-família” refletiram angústias, ansiedades, preocupações a cada estação. Cenas corriqueiras da infância, como uma briga com a mãe, desentendimentos na escola, uma lição de casa mal sucedida foram colocados no papel. Também houve espaço para a chegada de um novo amigo migrante e a relação com os próprios limites e o desafio do amadurecimento. O dia a dia transformado pela pandemia e o luto foram externados. As experiências negativas deram espaço à solidariedade, à inclusão, à superação e à esperança.

Na oração final, o pedido dos adultos de que o Senhor “ajude-nos a nos tornar pequeninos, necessitados de tudo, abertos à vida”, reconquistando a pureza do olhar e do coração.

“Pedimos que o Senhor abençoe e proteja todas as crianças do mundo, para que possam crescer em idade, sabedoria e graça, a fim de conhecerem e seguirem o projeto bom que o Senhor pensou para cada uma delas.”

Ao final, o Pontífice saudou os pequenos, sendo rodeado por eles. 

Fonte: Vatican News

Celebração da Paixão - Paróquia Santa Júlia

 

Missa da Ceia do Senhor - Paróquia Santa Júlia

quinta-feira, 1 de abril de 2021

 

O Papa: a força da vitória de Cristo vence o mal e nos liberta do maligno

 


Abraçar a cruz "com Jesus e como Ele, nos permite discernir e repelir o veneno do escândalo com que o demônio procurará envenenar-nos quando chegar inesperadamente uma cruz na nossa vida", disse Francisco aos sacerdotes durante a Missa do Crisma, nesta Quinta-feira Santa.

Vatican News

O Papa Francisco presidiu a Missa do Crisma, com os sacerdotes de Roma, na Basílica de São Pedro, na manhã desta Quinta-feira Santa (01/04).

"No Evangelho, vemos uma mudança de sentimentos nas pessoas que escutavam o Senhor. É uma mudança dramática que nos mostra quão ligadas estão a perseguição e a cruz ao anúncio do Evangelho. Uma frase que alguém murmurou em voz baixa tornou-se insidiosamente «viral»: «Não é este o filho de José?»", disse o Pontífice em sua homilia.

Segundo o Papa, "trata-se de uma daquelas frases ambíguas que se dizem por dizer. Uma pessoa pode usá-la para exprimir alegria: «Que maravilha ver alguém de origens tão humildes falar com esta autoridade!» Mas outra pode usá-la com desdém: «E isto, donde lhe veio? Que pensa ser?» Se notarmos bem, o caso repete-se quando os Apóstolos, no dia de Pentecostes, cheios do Espírito Santo, começam a pregar o Evangelho. Alguém disse: «Esses que estão a falar, não são todos galileus?» E enquanto alguns acolheram a Palavra, outros os consideraram bêbados. Formalmente, parecia que se deixava em aberto uma escolha; mas, se considerarmos os frutos, naquele contexto concreto tais palavras continham um germe de violência que se desencadeou contra Jesus".

Como sempre faz, o Senhor não dialoga com o espírito maligno; responde apenas com a Sagrada Escritura. Nem mesmo os profetas Elias e Eliseu foram aceitos pelos seus compatriotas, mas foram-no por uma viúva fenícia e um sírio leproso: dois estrangeiros, duas pessoas doutra religião. Os fatos são contundentes e provocam o efeito que profetizara aquele idoso carismático, o Simeão: Jesus seria «sinal de contradição».

A luz suave da Palavra gera clareza nos corações bem-dispostos

"A palavra de Jesus tem o poder de trazer à luz aquilo que uma pessoa guarda no coração, sendo habitualmente uma mistura de coisas como o joio e o trigo. E isto provoca luta espiritual", sublinhou Francisco.

"A rapidez com que se desencadeou a fúria e a brutalidade do encarniçamento, capaz de matar o Senhor naquele preciso momento, nos mostra que é sempre a hora", disse o Papa aos sacerdotes, ressaltando que "andam juntas a hora do anúncio jubiloso e a hora da perseguição e da cruz". "A proclamação do Evangelho está sempre ligada ao abraço duma cruz concreta. A luz suave da Palavra gera clareza nos corações bem-dispostos, e confusão e rejeição naqueles que o não estão. Vemos isto constantemente no Evangelho", frisou o Papa.

A cruz não depende das circunstâncias

"Ora, a fim de «tirar algum proveito» para a nossa vida sacerdotal, que reflexão poderemos fazer ao contemplar esta presença precoce da cruz (da incompreensão, da rejeição, da perseguição) no início e no meio da pregação evangélica? Vêm-me à mente duas reflexões", disse ainda Francisco.

"A primeira: não nos deve maravilhar a constatação de estar presente a cruz na vida do Senhor no início de seu ministério, pois estava já antes do seu nascimento: já está presente no primeiro turbamento de Maria ao ouvir o anúncio do Anjo; está presente nas insónias de José, sentindo-se obrigado a abandonar a sua esposa prometida; está presente na perseguição de Herodes e nas agruras sofridas pela Sagrada Família, iguais às de tantas famílias que têm de exilar-se da sua pátria."

Esta realidade nos abre ao mistério da cruz experimentada antes. Faz-nos compreender que a cruz não é um fato indutivo, ocasional produzido por uma conjuntura na vida do Senhor. É verdade que todos os crucificadores da história fazem aparecer a cruz como um dano colateral, mas não é assim: a cruz não depende das circunstâncias.

Triunfo de Deus

"Por que o Senhor abraçou a cruz em toda a sua integridade? Por que Jesus abraçou a paixão inteira: abraçou a traição e o abandono dos seus amigos já desde a Última Ceia, aceitou a prisão ilegal, o julgamento sumário, a sentença desproporcionada, a malvadez sem motivo das bofetadas e cuspidelas? perguntou o Papa. "Se as circunstâncias determinassem o poder salvífico da cruz, o Senhor não teria abraçado tudo. Mas quando chegou a sua hora, abraçou a cruz inteira. Porque a cruz não tolera ambiguidade; com a cruz, não se regateia!", disse ele.

A segunda reflexão do Papa diz o seguinte: "É verdade que há algo na cruz que é parte integrante da nossa condição humana, com os seus limites e fragilidades. Mas é verdade também que, daquilo que acontece na cruz, há algo que não é inerente à nossa fragilidade, mas é a mordida da serpente que, vendo o Crucificado indefeso, morde-O e tenta envenenar e desacreditar toda a sua obra. Mordida, que procura escandalizar, está é uma época de escândalo! Mordida que procura imobilizar e tornar estéril e insignificante todo o serviço e sacrifício de amor pelos outros. É o veneno do maligno que continua a insistir: salva-te a ti mesmo. Nesta mordida, cruel e dolorosa, que pretende ser mortal, aparece finalmente o triunfo de Deus."

Cristo vence o mal e nos liberta do maligno

"Peçamos ao Senhor a graça de tirar proveito destes ensinamentos: é verdade que, no anúncio do Evangelho, há cruz; mas é uma cruz que salva. Pacificada com o Sangue de Jesus, é uma cruz com a força da vitória de Cristo que vence o mal e nos liberta do maligno. Abraçá-la com Jesus e como Ele, nos permite discernir e repelir o veneno do escândalo com que o demônio procurará envenenar-nos quando chegar inesperadamente uma cruz na nossa vida", frisou o Pontífice.

"Nós, porém, não somos daqueles que cedem, é o conselho que ele nos dá: Não nos escandalizamos, porque Jesus não Se escandalizou ao ver que o seu jubiloso anúncio de salvação aos pobres não ressoava puro, mas no meio dos gritos e ameaças de quem não queria ouvir a sua Palavra ou queriam reduzi-las a legalismos, moralismos, clericalismos e essas coisas", disse ainda o Santo Padre.

A graça do Senhor segundo à sua maneira divina

O Papa concluiu sua homilia, partilhando uma lembrança de momento muito escuro de sua vida. Eu pedia ao Senhor a graça de me libertar daquela situação dura e difícil. Uma vez, fui pregar o Retiro a algumas religiosas, que, no último dia – como era costume então –, se confessaram. Veio uma irmã muito idosa, com olhos límpidos, mesmo luminosos. Era uma mulher de Deus. No fim, senti vontade de lhe pedir que rezasse por mim, dizendo-lhe: «Irmã, como penitência reze por mim, porque preciso duma graça. Peça ao Senhor. Se for a Irmã a pedi-la, com certeza o Senhor me la dará». Ela parou um pouco, como se estivesse rezando, me olhou e depois me disse: «Certamente o Senhor lhe concederá a graça, mas não se engane: ele a dará segundo o seu modo divino». Isto fez-me muito bem: ouvir que o Senhor nos dá sempre o que lhe pedimos, mas o faz à sua maneira divina. Esta maneira envolve a cruz. Não por masoquismo, mas por amor, por amor até o fim".


Fonte: Vatican News


Cardeal na Missa da Ceia do Senhor: a Eucaristia é um apelo à abertura aos outros



 "Esta celebração eucarística, carregada de uma extraordinária intensidade de sentimentos e pensamentos, nos faz reviver a noite quando Cristo, rodeado pelos Apóstolos no Cenáculo, instituiu a Eucaristia e o sacerdócio e nos confiou o mandamento do amor fraterno", disse o purpurado em sua homilia.


Mariangela Jaguraba - Vatican News

O decano do Colégio Cardinalício, cardeal Giovanni Battista Re, celebrou a Missa da Ceia do Senhor, sem o tradicional rito do Lava-pés, na Basílica Vaticana, na tarde desta Quinta-feira Santa (01/04).

"Esta celebração eucarística, carregada de uma extraordinária intensidade de sentimentos e pensamentos, nos faz reviver a noite quando Cristo, rodeado pelos Apóstolos no Cenáculo, instituiu a Eucaristia e o sacerdócio e nos confiou o mandamento do amor fraterno", disse o purpurado em sua homilia.                  

"Amou-os até o fim". "Esta afirmação comovente significa que ele os amou até à sua morte na cruz no dia seguinte, na Sexta-feira Santa, mas também significa um amor ao extremo, ou seja, ao grau supremo e insuperável da capacidade de amar. A noite de Quinta-feira Santa nos lembra o quanto fomos amados; nos diz que o Filho de Deus, em seu afeto por nós, não nos deu algo, mas nos doou a si mesmo, seu Corpo e Sangue, ou seja, a totalidade de sua pessoa, e que, por nossa redenção, aceitou sofrer a mais ignominiosa morte, oferecendo-se como vítima", frisou o cardeal Re.

A Eucaristia é o centro e o coração da vida da Igreja

Segundo o decano do Colégio Cardinalício, "a existência da Eucaristia só se explica porque Cristo nos amou e quis estar perto de cada um de nós durante todos os séculos, até o fim do mundo. Somente um Deus poderia conceber um dom tão grande e somente um poder e um amor infinitos poderiam implementá-lo".

O purpurado recordou que "a Igreja sempre considerou o Sacramento da Eucaristia como o dom mais precioso com o qual ela foi enriquecida. É o dom pelo qual Cristo caminha conosco como luz, como força, como alimento, como apoio em todos os dias de nossa história".

A Eucaristia é o centro e o coração da vida da Igreja. Deve ser também o centro e o coração da vida de cada cristão. Quem acredita na Eucaristia nunca se sente sozinho na vida. Ele sabe que na penumbra e no silêncio de todas as igrejas existe Alguém que conhece o seu nome e a sua história, Aquele que o ama, que o espera e que o escuta de boa vontade. Diante do tabernáculo cada um pode confiar o que tem no coração e receber conforto, força e paz de coração.

"A Eucaristia é uma realidade não só para se acreditar, mas para ser vivida. A Eucaristia é um apelo à abertura aos outros, ao amor fraterno, a saber perdoar e ajudar os que estão em dificuldade. É um convite à solidariedade, ao apoio mútuo, a não abandonar ninguém. É um apelo a um compromisso ativo com os pobres, os sofredores, os marginalizados. É uma luz para reconhecer o rosto de Cristo no rosto de nossos irmãos e irmãs, especialmente das pessoas feridas e necessitadas", disse ainda o cardeal Re.

Instituição do sacerdócio católico

"O segundo mistério que recordamos esta noite é a instituição do sacerdócio católico", frisou o purpurado.

Cristo, o verdadeiro sacerdote, disse aos Apóstolos: "Façam isto", ou seja, o Sacramento da Eucaristia, "em memória de mim". Três dias depois, na noite de Domingo de Páscoa, ele também disse aos Apóstolos: "Recebam o Espírito Santo. Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão perdoados." Desta forma, Cristo irradiou poderes sacerdotais sobre os Apóstolos, para que a Eucaristia e o Sacramento do Perdão continuassem sendo renovados na Igreja. Ele deu à humanidade um presente incomparável.

Um pequeno vírus colocou o mundo inteiro de joelhos

A seguir, o cardeal Re lembrou que "nas Quintas-feiras Santas dos anos anteriores, depois da missa da Ceia do Senhor, era uma tradição arraigada, prolongar a adoração da Eucaristia durante toda a noite com várias iniciativas de oração de adoração e momentos de grande intensidade religiosa".

“A situação dramática criada pela Covid-19 e o risco de contágio infelizmente não nos permitem fazer isso este ano, como aconteceu no ano passado. Voltando para nossas casas, devemos continuar rezando com o pensamento e com o coração cheios de gratidão por Jesus Cristo, que quis permanecer presente entre nós como nosso contemporâneo sob os véus do pão e do vinho.”

Dele, que viveu na sua carne e na alma o sofrimento físico e a solidão queremos extrair a força de que precisamos, agora mais do que nunca, para enfrentar os grandes desafios desta pandemia que está causando milhares de vítimas todos os dias em todo o planeta. Experimentamos de uma forma universal como um pequeno vírus pode colocar o mundo inteiro de joelhos. Para que tenha fim esse drama, devemos recorrer a todos os meios humanos que a ciência coloca à nossa disposição, mas é necessário um passo a mais insubstituível: devemos elevar uma grande oração unânime para que a mão de Deus venha em nosso auxílio e ponha fim a esta situação trágica que tem consequências preocupantes nos campos da saúde, do trabalho, da economia, da educação e das relações diretas com as pessoas. 

Colocar um pouco de ordem na nossa vida

Em sua consideração final, o cardeal Re recordou que "a noite que vê a mais alta manifestação de amor e amizade por nós é também a noite da traição. Em torno da mesma mesa no Cenáculo, o amor de Deus e a traição do homem se confrontaram".

"A Quinta-feira Santa é também um convite a tomar consciência dos próprios pecados. É um apelo a colocarmos um pouco de ordem na nossa vida e iniciarmos o caminho do arrependimento e da renovação para obter o perdão de Deus", concluiu. 

Fonte: Vatican News

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