O que é penitência?

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Quaresma é o período de 40 dias de penitência que precede a festa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo

Como 40 dias se, contando, medeiam 46 entre a Quarta-feira de Cinzas e a Páscoa? Simplesmente, porque os domingos não podem ser dias de penitência, de modo que são excluídos da contagem. Cada domingo é uma pequena Páscoa, “dia em que, por tradição apostólica, celebra-se o mistério pascal” (cânon 1.246 do Código de Direito Canônico), devendo ser evitada qualquer atitude que exprima tristeza. Assim, descontados os domingos entre a Quarta-feira de Cinzas e a Páscoa da Ressurreição medeiam 40 dias.
Segundo São Roberto Belarmino e Cornélio a Lápide, foram os próprios apóstolos quem instituíram a Quaresma, para nos prepararmos dignamente a fim de celebrar a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, a máxima festa do Cristianismo.

Prática penitencial da Igreja

Assim, a Quaresma é um tempo favorável à prática penitencial da Igreja. Conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (CIC), “esses tempos são particularmente apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, peregrinações em sinal de penitência, privações voluntárias como o jejum e a esmola, a partilha fraterna (obras de caridade e missionárias)” (CIC, número 1.438). É um tempo de renascimento espiritual e de renovação na , no qual se pede aos fiéis maior interesse pelas coisas divinas, uma frequência mais assídua à Santa Missa e aos ofícios litúrgicos, maior correção nas próprias ações e um treinamento no controle de suas próprias paixões e sentimentos.
Lamentavelmente, hoje em dia, a palavra “penitência” provoca mal-estar em muita gente. Entretanto, se consultarmos os Evangelhos, veremos que Jesus começou a Sua pregação nos exortando à penitência: «Poenitentiam agite: appropinquavit enim Regnum caelorum» (Mt 4,17) – “Fazei penitência, porque está próximo o Reino dos Céus”. Rejeitar a penitência é rejeitar a pregação de Cristo desde o princípio.
A palavra “penitência” significa simultaneamente duas coisas que, embora distintas, estão indissociavelmente ligadas: uma virtude e um sacramento, a virtude da penitência e o sacramento da penitência. Sobre o sacramento da penitência e a reconciliação, falaremos em outra oportunidade, se assim Deus o quiser. Pretendemos, hoje, dizer algumas palavras sobre a penitência como virtude, ilustrando o significado do tempo quaresmal.

Quando se fala de penitência, as pessoas logo imaginam práticas exteriores ou pior: coisas como autoflagelação, numa visão totalmente distorcida. Na verdade, a essência da penitência é interior e não se confunde com práticas exteriores como o jejum, a esmola e a mortificação. As práticas exteriores pouco ou nada valem sem a penitência interior. «Rasgai os vossos corações e não os vossos vestidos, convertei-vos ao Senhor vosso Deus, porque Ele é benigno e compassivo» (Jl 2,13). Tampouco a virtude da penitência pode ser confundida com um desejo mórbido de infligir sofrimento a si mesmo.

A virtude da penitência

A virtude da penitência é uma disposição moral que inclina o pecador a destruir e reparar os seus próprios pecados por constituírem ofensas a Deus. A penitência é uma dor espiritual, interior: é o sofrimento por haver pecado. É um querer não ter pecado, é um querer não ter querido o mal que se quis no passado. O pecado é um ato da vontade humana e só pode ser destruído por um novo ato da vontade que o revogue. É por isso que a virtude da penitência está indissociavelmente ligado ao sacramento de mesmo nome: a validade deste depende da sinceridade daquele. Mas não basta o arrependimento.
A virtude da penitência exige também o propósito de reparar o mal cometido e de não mais tornar a pecar no futuro. Assim, a penitência se projeta nos sentidos do tempo: para o passado, o arrependimento; para o presente, a reparação; e para o futuro, o propósito de emenda. Os hereges protestantes pregam que não é necessário aos que se arrependem reparar o mal que fizeram no passado de sua vida. O fulano mata, rouba, estupra e acha que basta “aceitar Jesus” para ficar com a “ficha limpa”. Por isso, os protestantes escarnecem da necessidade de penitência. Ora, isso é uma distorção do Evangelho, pois é preciso reparar: quem roubava deve restituir o que roubou; quem professava publicamente uma falsa doutrina deve também se retratar em público.
Tenhamos todos, então, uma boa e santa Quaresma. «Desde então começou Jesus a pregar e a dizer: “Fazei penitência, porque está próximo o Reino dos céus”» (Mt 4,17). E se está próximo, é porque não está distante: «O Senhor está perto de toda pessoa que o invoca» (Sl 144,18).
Rodrigo R. Pedroso
O autor é advogado graduado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (FD/USP)



Fonte: Canção Nova

Qual é a origem e o sentido da Quaresma?

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

É pura erudição saber que a palavra “quaresma” era, antigamente, um simples adjetivo em latim. Ela encontrava-se no início de uma frase e passou a denominar um período todo do ano litúrgico. Eis a frase em questão: “Quadragésima die Christus pro nobis tradétur”, que se traduz assim: “Daqui a 40 dias (no quadragésimo dia), Cristo será entregue por nós” para a nossa salvação. Quaresma é abreviação de quadragésima. Na frase latina, em questão, quadragésima está no feminino porque, em latim, dia, além de masculino, é também feminino. A língua portuguesa manteve a palavra no feminino.
Quaresma é, portanto, a palavra utilizada para designar o período de 40 dias, no qual os católicos realizam a preparação para a Páscoa, a mais importante festa do calendário litúrgico cristão, pois celebra a Ressurreição de Jesus, a base principal da fé cristã. Nesse período, que começa na Quarta-feira de Cinzas e termina na Quarta-feira da Semana Santa, os fiéis são convidados a fazerem um confronto especial entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esse confronto deve levar o cristão a aprofundar sua compreensão da Palavra de Deus e a intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé.
Qual é a origem e o sentido da Quaresma?
Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Quando surgiu a Quaresma

Por volta do ano 350 d.C., a Igreja decidiu aumentar o tempo de preparação para a Páscoa, que era de três dias, que permaneceram como o Tríduo Sagrado da Semana Santa: Quinta feira Santa, Sexta-feira Santa (Paixão) e Sábado Santo. A preparação para a Páscoa passou, então, a ter 40 dias. Isso aconteceu porque os cristãos perceberam que três dias eram insuficientes para que se pudesse preparar adequadamente tão importante e central evento. Surgia, assim, a Quaresma.

O número 40

O número 40 é bastante significativo dentro das Sagradas Escrituras. O dilúvio teve a duração de 40 dias e 40 noites, além disso, foi a preparação para uma nova humanidade purificada pelas águas. Durante 40 anos, o povo hebreu caminhou pelo deserto rumo à terra prometida, tendo atravessado o mar vermelho. Antes de receber o perdão de Deus, os habitantes da cidade de Nínive fizeram penitência por 40 dias. O profeta Elias caminhou 40 dias e 40 noites para chegar à montanha de Deus. Preparando-se para cumprir sua missão entre os homens, Jesus jejuou durante 40 dias e 40 noites. Moisés havia feito o mesmo. Os povos antigos atribuíam ao número 40 diversos significados. Um deles tem importância especial para os cristãos: um tempo de intensa preparação a acontecimentos marcantes na História da Salvação.

Quaresma no Brasil

A partir da década de 70, a Igreja no Brasil colocou na devoção dos fiéis que tradicionalmente acompanham, com muita piedade, a caminhada de Jesus para a Páscoa, um reforço à vivência do amor, da caridade que liberta, visto que Jesus deu Sua vida para nos salvar. Ao colocar a Campanha da Fraternidade no período da Quaresma, ela quer que sua organização e realização sejam uma mediação muito prática para a vivência da caridade, desenvolver e aprofundar a fraternidade, segundo o mandamento do amor: amar o próximo como Jesus nos amou.
A cada ano, um tema é tratado no espírito quaresmal de conversão, por meio da meditação, da oração, do jejum, da esmola, no sentido de caridade que liberta. Para facilitar, a Igreja oferece um texto base no esquema “Ver, Julgar, Agir” e diversos subsídios de apoio, motivando e estimulando os fiéis a levarem a meditação sobre Jesus perseguido e sofredor, e as demais práticas da Quaresma para atitudes concretas em favor do outro, privilegiadamente os sofredores.

O foco da Quaresma sempre foi e continuará sendo a nossa conversão ao Senhor e ao que Ele quer de nossa vida e do mundo. Nossa conversão pessoal e institucional, porém, deve sempre se concretizar, ser visível.
Irmão Nery, FSC
Fonte: CNBB

Qual o sentido da Quarta-feira de Cinzas?

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

A Quarta-feira de Cinzas foi instituída há muito tempo na Igreja; dia que marca o início da Quaresma, tempo de penitência e oração mais intensa. Para os antigos judeus, sentar-se sobre as cinzas já significava arrependimento dos pecados e volta para Deus. As cinzas bentas e colocadas sobre as nossas cabeças nos fazem lembrar que vamos morrer, que somos pó e ao pó da terra voltaremos (cf. Gn 3, 19), para que nosso corpo seja refeito por Deus de maneira gloriosa, para não mais perecer.
A intenção desse sacramental é nos levar ao arrependimento dos pecados, é fazer-nos lembrar que não podemos nos apegar a esta vida, achando que a felicidade plena possa ser construída aqui. É uma ilusão perigosa. A morada definitiva é o céu.
A maioria das pessoas, mesmo os cristãos, passa a vida lutando para “construir o Céu na Terra”. É um grande engano! Jamais construiremos o Céu na Terra, jamais a felicidade será perfeita no lugar que o pecado transformou num vale de lágrimas. Devemos, sim, lutar para deixar a vida na Terra cada vez melhor, mas sem a ilusão de que ficaremos sempre aqui.
Qual é o convite que a Quarta-feira de Cinzas nos faz?
Foto ilustrativa: Arquivo CN/cancaonova.com

Então, qual o sentido da Quarta-feira de Cinzas?

Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim nesta vida. Qual seria o desígnio do Senhor nisso? A cada dia de nossa vida, temos de renovar uma série de procedimentos. como dormir, tomar banho, cuidar da nossa alimentação etc. Tudo é precário, nada é duradouro, tudo deve ser repetido todos os dias. A própria manutenção da vida depende do bater interminável do coração e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo repete, sem cessar, suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório, nada é eterno. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha; todo dia que nasce logo se esvai; e assim tudo passa, tudo é transitório.
Com­pra-se uma camisa nova e, logo, ela já está surrada; compra-se um carro novo e, logo, ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos, e assim por diante.
A razão inexorável dessa precariedade das coisas também está nos planos de Deus. A marca da vida é a renovação. Tudo nasce, cresce, vive, amadurece e morre. A razão profunda dessa realidade tão transitória é a lição cotidiana que o Senhor nos quer dar de que esta vida é apenas uma passagem, um aperfeiçoamento, em busca de uma vida duradoura, eterna e perene.
Em cada flor que murcha e em cada homem que falece, sinto Deus nos dizer: “Não se prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, quando tudo será duradouro, e nada precisará ser renovado dia a dia.”
Isso nos mostra também que a vida está em nós, mas não é nossa. Quando vemos uma bela rosa murchar, é como se ela estivesse nos dizendo que a beleza está nela, mas não lhe pertence.
Ainda assim, mesmo com essa lição permanente que Deus nos dá, muitos de nós somos levados a viver como aquele homem rico da parábola narrada por Jesus. Ele abarrotou seus celeiros de víveres e disse à sua alma: “Descansa, come, bebe e regala-te” (Lc 12,19b); ao que o Senhor lhe disse: “Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma” (Lc 12,20).
A efemeridade das coisas é a maneira mais prática e cons­tante encontrada por Deus para nos dizer, a cada momento, que aquilo que não passa, que não se esvai, que não morre, é aquilo de bom que fazemos para nós mesmos, principalmente para os outros. Os talentos multiplicados no dia a dia, a perfei­ção da alma buscada na longa caminhada de uma vida de me­ditação, de oração e piedade, essas são as coisas que não passam, que o vento do tempo não leva e que, finalmente, vão nos abrir as portas da vida eterna e definitiva, quando “Deus será tudo em todos” (cf. 1 Cor 15,28).
A transitoriedade de tudo o que está sob os nossos olhos deve nos convencer de que só viveremos bem esta vida se a vivermos para os outros e para Deus. São João Bosco dizia que “Deus nos fez para os outros”. Só o amor, a caridade, o oposto do egoísmo, pode nos levar a compreender a verdadeira di­mensão da vida e a necessidade da efemeridade terrena.
E se a vida fosse incorruptível?

Se a vida na Terra fosse incorruptível, muitos de nós jamais pensarí­amos em Deus e no Céu. Acontece que o Todo-poderoso tem para nós algo mais excelente, aquela vida que levou São Paulo a exclamar:
“Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2,9).
corruptibilidade das coisas da vida deve nos convencer de que Deus quer para nós uma vida muito melhor do que esta – uma vida junto d’Ele. E, para tal, o Senhor não quer que nos acostumemos com esta [vida], mas que busquemos a outra com alegria, onde não have­rá mais sol, porque o próprio Deus será a luz, nem haverá mais choro nem lágrimas.
Aqueles que não creem na eternidade jamais se confor­marão com a precariedade desta vida terrena, pois sempre so­nharão com a construção do Céu nesta Terra. Para os que creem, a efemeridade tem sentido: a vida “não será tirada, mas transformada”; o “corpo corruptível se revestirá da incorrupti­bilidade” (cf 1Cor 15,54) em Jesus Cristo.

A expectativa do Céu

Santa Teresinha não se cansava de exclamar:
“Tenho sede do Céu, dessa mansão bem-aventurada, onde se amará Jesus sem restrições. Mas para lá chegar é preciso sofrer e chorar. Pois bem! Quero sofrer tudo o que aprouver a meu Bem Amado, quero deixar que Ele faça de sua bolinha o que Ele quiser.”
São Paulo lembrou aos filipenses: “Nós somos cidadãos do Céu! É de lá que também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará nosso corpo miserável, para que seja conforme o seu corpo glorioso, em virtude do poder que tem de submeter a si toda a criatura” (Fl 3, 20-21).
A esperança do Céu e da Sua glória fazia o apóstolo dizer:
“Os olhos não viram nem ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2,9).
Essa esperança lhe dava as forças necessárias para vencer as tribulações: “Tenho para mim que os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Rom 8,18).
Esse é o sentido das cinzas.


Amar a Deus de coração sincero

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020


“Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. 
De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos” (Mc 7,6-7).

Os fariseus estão questionando a Jesus porque os discípulos d’Ele comem sem lavar as mãos. Os fariseus prestam atenção em cada detalhe, eles estão ali preocupados com cada preceito legal, então, caem no legalismo e não se preocupam com o essencial. Não é que para Deus não seja importante a lei, mas é que antes da lei vem o coração, e o coração vem acima de qualquer lei. Que coração? O coração que ame a Deus acima de todas as coisas.
Ninguém pode colocar em prática a lei de Deus, exigir a prática da lei de Deus sem primeiro amar a Deus com o coração. Por isso, Jesus está dizendo: “olha esse povo me honra com os lábios”. Não há nada mais hipócrita do que a religião que presta culto só com a boca mas não com o coração; não há nada mais hipócrita do que a religião que pratica a lei mas não vive o amor.
Precisamos estar muito atentos aos tempos em que vivemos, porque as pessoas estão cada vez mais legalistas e amando cada vez menos. Estamos colocando Deus, e o amor a Ele, cada vez mais embaixo. Nós temos de viver os preceitos, as leis morais, os mandamentos do Senhor, e não descuidemos de nada, porém, amemos a Deus com o coração para que o nosso culto não seja um culto abominável aos olhos do Senhor.

Deus está nos pedindo que nós O amemos de verdade e de todo coração

É Jesus quem está dizendo: “De nada adianta os cultos que vocês Me prestam, pois as doutrinas que vocês ensinam são meros preceitos humanos”. Que duro escutar isso do Senhor! Porque as pessoas estão discutindo, estão brigando por preceitos humanos… Nós não estamos brigando para amar a Deus de coração sincero, de coração puro, nós estamos descartando os outros, em nome de Deus. Estamos brigando uns com os outros, promovendo guerras nos vários campos da vida, em nome de Deus. E Deus não pediu para ninguém fazer guerra nem massacrar o outro em nome d’ Ele; Deus não pediu para ninguém criar discórdia, desunião, separação em nome d’Ele.
O que Deus está nos pedindo é que nós O amemos de verdade e de todo coração. Quem O ama vai saber amar o seu irmão muito mais do que as leis e os preceitos. É este culto que Deus quer de nós, o culto da verdade, o culto do amor, do coração que não se prende em primeiro lugar aos preceitos, mas se prende acima de tudo ao amor porque  é só ele que nos salva.

Deus abençoe você!

Precisamos levar os doentes para a presença de Jesus

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020


“Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava” (Mc 6,55).

Nós precisamos levar nossas doenças, nossas enfermidades, nossos sofrimentos, nossas dores, nossas aflições para onde Jesus está. Na verdade, nós precisamos estar na presença de Jesus, é Jesus quem cura as nossas dores, é Ele quem sara as nossas aflições. É Ele quem traz luz para todas as situações obscuras que tantas vezes toma conta de nós. Nós precisamos tocar em Jesus e precisamos ser tocados por Ele.
Precisamos levar os doentes, os enfermos, os sofredores, tantas pessoas aflitas e agonizando para a presença de Jesus. Algumas coisas importantes, a primeira delas: por favor, visitemos os nossos doentes, os nossos enfermos, sejamos uma presença amorosa de Jesus para os nossos doentes e enfermos; a obrigação não é somente e simplesmente de quem é da pastoral da saúde, é de todos nós, os cristãos.
É lamentável dizer que, em muitos hospitais, pessoas da nossa fé não recebem assistência, cuidado, atenção, direção, auxilio, conforto. É preciso dizer que muitas pessoas estão dentro de suas casas sofrendo, perecendo, a dor, a enfermidade, a aflição.

Jesus quem cuida de todos que estão doentes e enfermos; mas Ele precisa de nós

E eu sei que, às vezes, escutamos aquilo que a pessoa tem e ficamos até desanimados, mas precisa ser ao contrário,  pois precisamos nos animar para levarmos o ânimo. Nós precisamos acender a nossa fé para levarmos a fé, precisamos estar conectados em Jesus para levarmos a Jesus, porque é Ele quem cuida de todos que estão doentes e enfermos; porém, Ele precisa de nós. Ele precisa de mim e de você para que O levemos para tocar e ser tocado pelos doentes e pelos enfermos.
Do outro lado, permitamos que Jesus nos cure, permitamos que Jesus esteja em nós, permitamos que todas as enfermidades em nós sejam tocadas por Jesus. E não pense em enfermidade somente no seu sentido físico, porque as nossas enfermidades começam na nossa cabeça, se eclodem aqui dentro do nosso coração tão aflito, tão cheio de perturbações, de inquietações, de medos, são tantas coisas borbulhando dentro de nós. Permitamos que Jesus cuide de nós e cuidemos uns dos outros, em nome de Jesus.

Deus abençoe você!

Diante dos impossíveis, peçamos socorro a Santa Rita de Cássia

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Ó poderosa Santa Rita de Cássia, chamada Santa dos Impossíveis, advogada dos casos desesperados, auxiliar na hora extrema, refúgio na dor e salvação para os que se acham nos abismos do pecado e do desespero, com toda a confiança no vosso celeste patrocínio, a vós recorro no difícil e imprevisto caso que dolorosamente me aflige o coração.

Oração a Santa Rita de Cássia



Dizei-me, Santa Rita, não me quereis auxiliar e consolar? Afastareis vosso olhar piedoso do meu pobre coração angustiado? Vós bem sabeis, conheceis o martírio do coração. Pelos sofrimentos atrozes que padecestes, pelas lágrimas amargosíssimas que santamente chorastes, vinde em meu auxílio! Falai, rogai, intercedei por mim que não ouso fazê-lo ao Coração de Deus, Pai de misericórdia e fonte de toda a consolação, e obtende-me a graça que desejo. (Menciona-se a graça desejada).
Apresentada por vós, que sois tão cara ao Senhor, a minha prece será aceita e atendida certamente; valer-me-ei desse favor para melhorar a minha vida e os meus hábitos, e para exaltar na terra e no céu as misericórdias divinas. Amém!

Reze três vezes: Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

Você já disse o seu "sim" a Deus?

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

O que se passa com a pessoa que disse o seu “sim” a Deus? Deus nos faz encontrar nossas riquezas. Você pode dizer: “Eu tenho bondade em mim, porque é verdade. Confesso que sou uma verdadeira maravilha, tuas obras são prodigiosas: sim, reconheço-o claramente” (Sl 138, 14)”
Ninguém ama a si mesmo, se não experimentou o amor de Deus, porque Deus nos faz descobrir a nós mesmos. Ele é  a fonte de toda riqueza: amor, bondade, alegria, perdão, misericórdia, compaixão e paciência. Tudo vem d’Ele e está em nós pelo Seu Espírito Santo.
Você-já-disse-o-seu-sim-a-Deus
Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com
A conversão, para si mesmo, acontece quando Jesus entra em nossa vida. De repente, começamos a perceber que não somos tão ruins assim. Talvez, você, quando criança, tenha ouvido expressões negativas a seu respeito como: você é um preguiçoso”; “você come demais”; “você não gosta de tomar banho, não faz nada dentro de casa”; “você não presta pra nada”, e assim por diante. Desde que nascemos, ouvimos muitas coisas que nos marcam.

Você já conheceu verdadeiramente a Deus?

Quantas expressões “mal ditas” a nosso respeito tivemos de ouvir? Por isso, não tivemos a oportunidade de nos conhecer como Deus nos criou. Só depois de passar pela experiência do encontro pessoal com Jesus é que começamos a nos aceitar e a perceber que temos riquezas. É a nossa conversão como filhos de Deus, escolhidos e desejados. “Pelo fato de valeres muito aos meus olhos, de teres peso e de eu te amar; dou, pois, homens em troca de ti, populações em troca da tua pessoa” (Is 43,4). É fundamental exercitar a descoberta desse amor, porque é aí que descobrimos suas características em nós.
Por isso, a importância da ação de graças constante. Se percebo em mim generosidade, devo agradecer a Deus; se consigo ser fiel, devo agradecer a Ele; se me empenho no trabalho e me esforço, louvo ao meu Deus; se sou líder, se sou paciente, se sei ouvir, devo tudo a Ele. É pelo exercício de nossas qualidades que o Senhor vai trabalhando em nossa transformação. Quanto mais nos aproximamos do Deus-Amor, mais ganhamos em autoestima, pois, vamos percebendo o quanto somos estimados por Ele. “Eis que eu vou fazer coisa nova que já desabrocha: não o reconhecereis?”.
Nunca perca a esperança em Cristo

Deixe vir para fora essa criatura nova, deixe que o Espírito Santo venha frutificar em você. Ponha-se a serviço das pessoas e as coisas vão começar a acontecer de maneira diferente. Não se acomode com sua situação. Vá em frente, procure o que você tem de riquezas e qualidades, e invista no bem dos outros. Procure aquilo que o Senhor projeta para seu futuro, com garra e fé.
Vá em frente! Nada o detenha! Nem mesmo o fato de ter perdido tudo. Não permita que o inimigo acuse você ou tire sua esperança, pois uma coisa é certa: é o Senhor quem nos garante dois atos irrevogáveis, nos quais não pode haver mentira da parte de Deus, nos comunicam um poderoso incentivo, a nós que tudo abandonamos para conseguir a esperança proposta. Essa é, para nós, como âncora da alma, fixada com muita firmeza que penetra para além do véu (cf.:Hb 6, 18-19).
Luzia Santiago
Cofundadora da Comunidade Canção Nova

A tua fé te curou

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”. (Mc 5,34)


No Evangelho de hoje, estamos acompanhando duas pessoas muito atormentadas. A primeira delas é um pai, Jairo, o chefe da sinagoga. Ele se aproxima de Jesus e pede pela sua filhinha, que está nas últimas. A aflição e a perturbação do coração desse pai é a aflição de tantos pais, de tantas mães que sofrem com os seus filhos, sofrem quando a criança fica doente, quando fica enferma; sofrem quando o filho manifesta inquietação, perturbação; sofrem os pais quando não conseguem cuidar nem dar aos filhos o que eles queriam; sofrem os pais quando os filhos crescem e, muitas vezes, manifestam comportamentos e inclinações, mas os pais não sabem o que fazer. Por isso, a súplica desse pai é a súplica insistente no coração de muitos pais e de muitas mães: “Minha filhinha está nas últimas! Meu filhinho está nas últimas! Meu filho está passando por isso.
Assim como Jairo foi com o coração aflito, aquela mistura da fé e da aflição, tantas vezes, também toma conta de nós, pois temos fé, mas tem horas que a nossa aflição fala mais do que a nossa fé.
O que Jairo está precisando, agora, é temperar, é vencer toda aquela atormentação; por isso, ele vai recorrer a Jesus, por isso ele vai atrás de Jesus. Do mesmo jeito, há essa mulher que também está atormentada por uma enfermidade que há 12 anos toma conta dela, que tira a sua paz; há doze anos que ela sofre de uma hemorragia praticamente crônica, porque aquilo não se estancou nela a deixava atormentada, porque nem no meio das pessoas ela podia estar, e ela foi recorrer a Jesus.

Com a fé restaurada, somos curados de qualquer aflição

A reposta que Jesus dá a ela é a reposta que Ele também vai dar a Jairo, e é a mesma que Ele quer dar a mim a você, a você pai, a você mãe, a cada um de nós: “Filha, a tua fé te salvou, a tua fé te curou, a tua fé te libertou, a tua fé te restaurou, a tua fé venceu o tormento que tirava a paz da sua alma e do seu coração”.
Meu querido pai, minha querida mãe, meu querido irmão, minha querida irmã, vençam os tormentos da sua alma e do seu coração. Maior do que a enfermidade que aquela criança sofria, maior do que tormento físico que aquela menstruação crônica causava naquela mulher, a aflição e a perturbação eram algo muito mais sofrido, e é por isso que a fé salvou, e é por isso que a fé curou, e é por isso que a fé libertou. E quando a fé nos cura, ela nos liberta, salva-nos, restaura e nos levanta, e, então, podemos lidar com as situações que atormentam a nossa vida.
Jesus salvou a filhinha de Jairo. Claro que aquela criança voltou a ficar doente em outras oportunidades, mas, com a fé restaurada, nós lidamos com qualquer situação. Com a fé restaurada, nós somos curados de qualquer aflição. Por isso, permitamos que, hoje, com a força da Palavra de Deus, a fé em nós seja maior do que qualquer aflição, do que qualquer tormento, do que qualquer dúvida, do que qualquer perturbação.

Deus abençoe você!

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