“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por 
aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; para que todos sejam um 
como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a
 fim de que o mundo creia que tu me enviaste” (João 17,20-21).
O mundo não crê em Deus. O mundo não crê em Jesus. Apenas uma pequena
 porção, em meio à multidão de bilhões de seres humanos, creem em Deus e
 em Cristo Jesus. A maioria da humanidade não segue Jesus, e é claro que
 um dos principais motivos para isso é a falta de amor e comunhão entre 
os cristãos, entre aqueles que creem no Cristo. Ninguém vai, agora, 
fazer-se de ingênuo para perceber o quão escandalosa a nossa vida.
Falamos bonito, mas vivemos feio a vida, não temos comunhão uns com 
os outros. Há cristãos que nem se falam, creem no Cristo, creem na mesma
 Palavra, pregam-na nos púlpitos, nas igrejas, mas, muitas vezes, não se
 falam. Digo dos cristãos de denominações diferentes, igrejas 
diferentes, credos que estão evidenciando as diferenças, mas nós 
cristãos que seguimos a mesma profissão de fé.
É escandaloso dizer que, muitas vezes, nós católicos evidenciamos 
nossas diferenças. Há aqueles que querem provocar, mostrar que nós 
estamos cada vez mais divididos, e mostram isso com toda a evidência. 
Usam redes sociais, os meios que têm, colocam rótulos quando, na 
verdade, não passamos de míseros seguidores de Cristo.
Se tivermos alguma briga para ter no mundo, é pela nossa unidade e 
pela nossa comunhão. “Eu sigo pregador tal. Eu gosto da doutrina de 
tal”. Cada um pode gostar disso e daquilo, mas o que nos une precisa ser
 sempre maior do que aquilo que nos separa.
Há aqueles que são semeadores de discórdia por aquilo que falam, 
pregam e evidenciam. Até tem graça divina neles, mas estão, hoje, 
semeando separação e divisão. Falam mal do Papa, do bispo, falam mal do 
padre da paróquia, falam mal uns dos outros.
Falamos bonito, mas vivemos feio a vida, não temos comunhão uns com os outros
Eu tenho a convicção de que aquilo que falamos mais mal do que bem, é
 porque o mal prevalece mais do que o bem, e onde o mal está, o mal só 
gera divisão, discórdia, separação, joio e assim por diante.
Quer tragédia maior do que uma família dividida, do que um grupo 
dividido, do que uma igreja dividida? Por isso, esse espírito que todo 
mundo deseja e suplica não é simplesmente para orar em línguas, falar 
coisas diferentes. O Espírito é para operar comunhão, é para que 
estejamos atendendo a súplica do coração de Jesus, que não suplicou para
 que sejamos uniformes, mas sim pela unidade.
A unidade se faz no amor, na comunhão, no respeito, na capacidade de não falar mal uns dos outros.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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