Jesus veio nos trazer a espada que separa o que é certo do que é errado, o que é bom do que é ruim, o que é mal do que é o bem
“Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada” (Mateus 10, 34).
Essas palavras de Jesus, quando caem em nosso coração, podem até 
causar uma certa estranheza, mas Ele quis realmente dizer que é o 
Príncipe, o Senhor da paz.
A paz que Jesus veio nos trazer não é a paz ingênua que nós 
acreditamos e queremos viver, aquela paz da consciência que não se 
preocupa com nada, que nós escondemos as coisas erradas e está tudo bem.
 Não é aquela paz de quem vê as coisas erradas e injustas acontecerem e 
diz: “Isso não é problema meu! Isso não tem nada a ver comigo!”.
Não foi essa paz que Jesus veio nos trazer! Ele veio nos trazer uma paz inquieta.
 Quem está em Jesus tem uma inquietude no coração, mas que não é um 
sinal de perturbação. Inquietude é o mesmo que inconformismo: “Eu não me
 conformo com o que é errado! Não me conformo com o que é injusto! Não 
me conformo com as injustiças que estão ao nosso lado!”. Por esse 
motivo, o Senhor não veio trazer a paz do inconformismo.
Jesus veio nos trazer a espada que separa o que é certo do que é 
errado, o que é bom do que é ruim, o que é mal do que é o bem. A espada 
de Jesus traz a verdadeira paz que o mundo precisa.
Quando Jesus está dizendo que veio separar o filho do pai, a filha da
 mãe, a nora da sogra e assim por diante, é porque a paz não acontece 
simplesmente por conveniência, onde queremos estar bem com todos em casa
 e permitimos que as coisas erradas aconteçam com os nossos e ninguém 
fala nada, porque, se alguém falar algo, estaremos desrespeitando o 
outro.
Desrespeitamos o outro quando vemos coisas erradas acontecendo, 
quando vemos o mal crescendo no outro e simplesmente dizemos: “Eu não 
tenho nada a ver com isso!”. Meus irmãos, isso não quer dizer que temos 
de ficar pegando no pé de alguém, ficar incomodando a pessoa o tempo 
inteiro; no entanto, mães e pais, irmãos e irmãs, nós precisamos nos 
ajudar! Temos de ser sentinelas na vida do outro. ‘Sentinela’ não quer 
dizer ser chiclete ou grude, mas ter atenção e cuidado.
Não podemos ver alguém querendo tomar veneno e dizer: “Ah, é problema
 dele! Tomou, porque quis!”.  Se estamos vendo que o irmão vai tomar 
aquilo que lhe fará mal, precisamos dizer: “Meu irmão, isso vai lhe 
fazer mal! Vai matá-lo, destruí-lo!”. É verdade que precisamos ter o 
jeito certo de falar, jeito de ajudar, mas precisamos ajudar e querer 
ser ajudados.
É ruim quando, numa casa, ninguém ajuda ninguém, fica todo mundo 
naquela falsa paz, naquele falso moralismo, naquela falsa concordância, e
 o mal vai corroendo essa casa, essa família.
Se estamos vendo que nosso pai e nossa mãe, que nossa irmã e nosso 
irmão estão indo pelo caminho errado, estão fazendo algo que não lhes 
convêm, precisamos, com paciência, com prudência e caridade, saber 
corrigi-los e ajudá-los. Só não podemos viver a falsa paz no mundo e 
deixar o mal reinar dentro de casa.
Que a espada de Cristo nos dê a sabedoria necessária para não sermos levados pelo mal nem o deixarmos crescer no meio de nós.
Deus abençoe você!
Fonte: Canção Nova 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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